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Embaixada da Hungria demite dois brasileiros após imagens de Bolsonaro vazarem

Funcionários que tinham acesso ao circuito de câmeras foram dispensados, diz CNN
03/04/2024 | 13h42

Ao menos dois funcionários brasileiros foram demitidos pela Embaixada da Hungria como punição pelo vazamento de imagens do circuito interno que mostram a estadia de dois dias do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o Carnaval.

De acordo com a jornalista Basília Rodrigues, da CNN, os brasileiros foram demitidos mesmo sem a embaixada comprovar a participação deles na divulgação dos vídeos. A representação húngara decidiu desligar os funcionários brasileiros que tinham acesso ao monitor das imagens em tempo real.

Desde que veio à tona a notícia de que Bolsonaro passou duas noites na embaixada, onde não poderia ser preso, a representação diplomática abriu uma apuração interna para tentar descobrir como a informação e os vídeos foram parar na imprensa.

Ainda que no período de visita de Bolsonaro houvesse menos funcionários circulando no local, devido ao feriado, os brasileiros que trabalham na embaixada entraram na mira das investigações internas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, chegou a dar 48 horas para que Bolsonaro explicasse a visita à Embaixada. Segundo o ex-presidente, ele estaria fazendo contatos diplomáticos com autoridades do país. Bolsonaro disse que costuma fazer esse tipo de visita às embaixadas de nações governadas por políticos do seu viés político.

O embaixador húngaro Miklós Halmai repetiu ao Itamaraty a mesma versão de Bolsonaro, para explicar sua visita no meio da noite e sua permanência na representação por dois dias.

Segundo juristas, a visita, em meio à investigação por tentativa de golpe de Estado, poderia ter provocado um pedido de prisão preventiva do ex-presidente brasileiro.

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