Por Tempo Real
Uma operação está sendo realizada, na manhã da sexta-feira (20), para cumprir cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão relacionados ao atentado que matou três médicos ortopedistas na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em outubro de 2023. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela Polícia Civil do Rio.
Os alvos, denunciados pelo GAECO/MPRJ à Justiça, são acusados de envolvimento no ataque que resultou nas mortes dos médicos Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida, e deixou o ortopedista Daniel Sonnewend Proença gravemente ferido.
A operação, que ocorre em endereços na Zona Oeste do Rio, conta com o apoio de equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Delegacia de Homicídios da Capital e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MRJ), que auxiliam os promotores do Ministério Público do Rio (MPRJ) na busca por evidências e suspeitos.
De acordo com as investigações, o atentado teria sido cometido por engano, com os médicos sendo confundidos com alvos de uma disputa entre traficantes e milicianos da região. Até o momento, a motivação do crime ainda está sendo apurada.

Os médicos Diego, Perseu e Daniel, único sobrevivente do atentado na Barra (Foto: Reprodução redes sociais)
Relembre o atentado aos médicos
Na madrugada de 5 de outubro de 2023, três médicos ortopedistas — Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida — foram mortos a tiros em um ataque executado por criminosos no Quiosque do Naná, localizado na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. O ortopedista Daniel Sonnewend Proença foi gravemente ferido, levando 14 tiros, mas sobreviveu ao ataque.
As imagens de segurança do local mostram o momento exato da execução, quando três homens desceram de um carro branco e dispararam contra os médicos sem qualquer aviso ou tentativa de assalto. A investigação apontou que os médicos foram baleados por engano, possivelmente sendo confundidos com alvos de traficantes ou milicianos locais.
Até o momento, as autoridades não descartaram nenhuma linha de investigação, incluindo a possibilidade de envolvimento político, uma vez que Diego Ralf Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
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