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Erika Hilton é primeira parlamentar trans a liderar bancada no Congresso

Parlamentar foi eleita em decisão unânime para assumir a federação formada pelos partidos PSOL e Rede
22/02/2024 | 05h00

A deputada federal Erika Hilton (PSOL–SP) foi eleita pela federação PSOL–Rede para comandar as siglas na Câmara, tornando-se a primeira parlamentar trans a ocupar um cargo de liderança de bancada no Congresso.

A escolha, realizada por aclamação durante a reunião da bancada, sucede o deputado Guilherme Boulos (PSOL–SP), que focará na campanha à Prefeitura de São Paulo.

Hilton foi eleita em 2022 juntamente com a deputada Duda Salabert (PDT–MG). Elas são as primeiras parlamentares trans da Câmara.

A deputada afirmou estar honrada por liderar os 14 deputados federais da federação PSOL–Rede. A parlamentar disse ainda que irá manter a defesa das pautas sociais.

“Ser escolhida para liderar a federação PSOL–Rede na Câmara neste momento é uma honra, mas absolutamente maior será a nossa responsabilidade frente às ofensivas da extrema-direita e do centrão contra o governo Lula e a agenda política eleita nas últimas eleições, de melhoria na qualidade de vida e direitos das maiorias sociais, mas confiante na força da mobilização popular para nos auxiliar nesse período”, disse Hilton.

O ex-líder da federação, Guilherme Boulos, elogiou a escolha de Hilton, destacando seu compromisso com um “Brasil mais humano e solidário”. O parlamentar afirmou ainda que a deputada tem desempenhado “um trabalho brilhante em defesa do povo brasileiro e das minorias, que continuarão tendo na bancada do PSOL uma trincheira de resistência e luta por inclusão e justiça social”.

ERIKA HILTON

Nascida em Franco da Rocha e criada na periferia de Francisco Morato, na Região Metropolitana de São Paulo, a deputada do PSOL, aos 27 anos, foi uma das primeiras mulheres trans a ocupar um assento na Câmara Municipal da capital paulista.

Antes, Erika Hilton atuou como codeputada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pela Bancada Ativista (PSOL), eleita em 2018. A decisão da federação foi unânime.

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