O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, confirmou as expectativas do mercado e aumentou nesta quarta-feira (16) as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 0,25% e 0,50%. Essa foi a primeira alta de juros nos EUA desde 2018.
Segundo a instituição, a inflação permanece elevada nos Estados Unidos, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços.
Em um comunicado, o Fed indicou ainda que as taxas de juros devem atingir um intervalo entre 1,75% e 2% até o final deste ano, o que significaria um aumento de 0,25 ponto percentual a cada reunião até o final de 2022.
A instituição citou ainda a guerra entre a Rússia e a Ucrânia como um dos fatores que vêm provocando a elevação dos preços no país. “As implicações para a economia dos EUA são altamente incertas, mas no curto prazo, a invasão e os eventos relacionados provavelmente criarão uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e pesarão na atividade econômica”, afirmou.
O economista Eduardo Moreira, sócio-fundador do ICL, explica que a economia dos Estados Unidos viverá a partir de agora um ciclo de aperto monetário. Porém, a taxa de juros continuará muito baixa por lá. “Há muito tempo havia um medo dessa alta acontecer. Isso seria uma política de estímulo à economia americana, que pode acontecer de várias maneiras. Uma delas é colocando dinheiro no mercado para que empresas e pessoas peguem emprestado”.
A inflação dos Estados Unidos atingiu uma novo recorde no mês passado impulsionada, principalmente, pelo aumento do preço da gasolina. Em 12 meses, a inflação foi de 7,9%, a maior desde janeiro de 1982.
Da Redação do ICL Economia
Com informações do G1
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