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Estudo da ONU revela que Brasil lidera ranking mundial de homicídios

País é seguido pela Nigéria, com 44.200 homicídios, com números de 2019. Em terceiro lugar fica a Índia
09/12/2023 | 05h00

O Brasil lidera o ranking mundial de homicídios em números absolutos. É o que mostra o Estudo Global sobre Homicídios 2023, divulgado ontem pela ONU. De acordo com o levantamento, do total de 458 mil homicídios registrados em todo planeta, no ano de referência de 2021, 10,4% foram cometidos no país.

O estudo aponta que, em homicídios per capita, o Brasil ocupa a 11ª posição, com 22,38 mortes a cada 100 mil habitantes. O número representa quase quatro vezes mais do que a média mundial — de 5,8 por 100 mil habitantes.

Elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em Inglês), o relatório tem como referência o ano de 2021. Segundo o relatório, nem todos os países forneceram os dados necessários. Assim, a origem dos números dos homicídios é especificado para cada país.

RANKING

O Brasil é seguido pela Nigéria, com 44.200 homicídios, com números de 2019. Em terceiro lugar fica a Índia, com 41.330, e México, com 35.700, na quarta posição. Ambos forneceram dados de 2021.

O ranking segue com África do Sul (24.865), Estados Unidos (22.941), Myanmar (15.299), Colômbia (14.159), Rússia (9.866) e Paquistão (9.207). Todos números relativos a 2021.

AMÉRICA LATINA

Quase 27% dos 458 mil homicídios foram cometidos na América Latina e Caribe, que apresenta a maior taxa de homicídios do mundo. A região, contudo, registra tendência de queda nas mortes violentas. Entre 2017 e 2021, houve queda de 14%, exceto no Equador, Nicarágua e Panamá.

A África registrou o maior número absoluto de homicídios, com 176 mil homicídios — 12,7 a cada 100 mil habitantes. As taxas de homicídio na Ásia (2,3), Europa (2,2) e Oceania (2,9) ficaram abaixo da média global per capita — de 5,8 por 100 mil habitantes.

PERFIL

Homens representam 81% das vítimas de homicídio. Já as crianças respondem por 15%, com 71.600 registros. As mulheres, porém, têm maior probabilidade de serem mortas por familiares ou parceiros íntimos.

Embora representem 19% das mortes, em geral, as mulheres correspondem a 54% de todos os homicídios domésticos e a 66% de todas as vítimas de homicídio por parceiro íntimo.

Assassinatos intencionais de defensores de direitos humanos, do meio ambiente, de líderes comunitários, de jornalistas e de trabalhadores humanitários representaram 9% do total.

A ONU indicou que 40% dos homicídios, a nível mundial, foram cometidos com armas de fogo e 22% com objetos cortantes. Nas Américas, as armas de fogo foram usadas em cerca de 75% dos homicídios. Em contraste, na Europa e na Ásia, elas foram usadas em 17% e 18% dos homicídios, respectivamente.

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