O fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira morreu na tarde desta segunda-feira (4), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Ele é um dos maiores nomes do fotojornalismo no Brasil.
O baiano de “olhos iluminados”, como descreveu o escritor mineiro Otto Lara Resende, era conhecido especialmente por seus registros da ditadura militar no Brasil.
Teixeira enfrentava uma leucemia crônica havia dez anos e morreu por falência múltipla dos órgãos, após complicações causadas por uma pneumonia, segundo familiares.
Ele estava internado na clínica São Vicente, na Gávea, desde o início de setembro.
Evandro Teixeira passou 47 anos no Jornal do Brasil
A maior parte de sua carreira foi no Jornal do Brasil, onde passou 47 anos. Integrou uma exposição da Leica, em Nova York, ao lado de nomes como Cartier-Bresson e Robert Capa.
Teixeira tinha no brasileiro José Medeiros (1921-1990) sua maior referência. Foi com o fotógrafo da revista Cruzeiro com quem fez um curso de fotografia por correspondência.
Com mais de 150 mil fotos, seu acervo reúne imagens icônicas de Pelé e Ayrton Senna, cobertura sobre a fome e a pobreza no país, bem como do carnaval e de festas populares.
Teixeira também tem uma produção autoral importante, com destaque para um projeto sobre Canudos.
Suas obras integram coleções de instituições como o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ).
O acervo completo está no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro.
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