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Exercício físico pode reduzir risco de depressão e ansiedade, diz estudo

Foram analisados dados de cerca de 73 mil pessoas
07/03/2025 | 05h00
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Uma pesquisa preliminar do Hospital Huashan, da Universidade Fudan em Xangai, na China, buscou entender se aumentar o nível de atividade física pode reduzir as chances de desenvolver doenças neuropsiquiátricas, como a depressão, ansiedade e até mesmo demência. Segundo o estudo, ser mais ativo e reduzir o tempo sedentário foi benéfico contra condições desse gênero.

Apesar dos dados ainda não terem sido publicados em um estudo completo e revisado, o Dr. Scott Russo, Diretor do Centro de Pesquisa do Cérebro e Corpo, em Nova Iorque, acredita que a pesquisa é fortalecida pela confiabilidade dos dados e pelo grande tamanho de amostragem, que ao todo analisou dados de acelerômetro de mais de 73.000 pessoas adultas, com idade média de 56 anos.

O trabalho usou essas informações para comparar a quantidade de atividade física com casos de doenças neuropsiquiátricas. O resultado foi que o aumento de atividades físicas na rotina resultou numa melhora para condições como demência e depressão.

De acordo com Russo, o resultado não é uma surpresa. “Alguns estudos mostraram que o exercício é tão eficaz contra a depressão quanto medicamentos”, explicou o médico.

Dr. Jia-Yi Wu, pesquisador do Hospital Huashan, destaca que a proteção para o cérebro se aplica independentemente da intensidade do exercício.

“Não é preciso se comprometer com treinos intensos, mesmo atividades leves ou moderadas podem ter um impacto significativo no seu bem-estar”, disse Wu. “Envolver-se em atividades diárias que queimam calorias, como caminhar ou até mesmo jardinagem, desempenha um papel significativo na proteção da saúde do seu cérebro”.

Exercícios físicos X depressão

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O estudo busca compreender se atividades físicas promovem saúde mental (Foto: Reprodução/Agência Gov)

Para tentar entender a influência positiva dos exercícios contra a depressão, alguns pesquisadores passaram a pensar na doença não apenas como uma condição, mas como uma coleção de subtipos com diferentes causas.

De acordo com Russo, cerca de 25% a 30% das pessoas com transtorno depressivo maior (TDM) podem se enquadrar no subtipo imunometabólico, que é caracterizado por inflamação e função metabólica alterada.

Exercícios e atividades físicas podem ser capazes de regular a função metabólica e reduzir a inflamação desse subtipo de depressão. “Este pode ser uma forma efetiva de tratar pacientes com esse subtipo em particular”, acrescenta Russo.

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