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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que pensar em matar alguém “não é crime” após revelações da Polícia Federal sobre plano de militares para executar Lula, Alckmin e Moraes. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou-se no X na quarta-feira (19). Jair Bolsonaro, principal beneficiário do plano, ainda não se manifestou.
De acordo com o texto de Flávio Bolsonaro, “por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”.
Flávio Bolsonaro: decisões ‘sem amparo legal’
Na postagem, Flávio Bolsonaro ainda atribui, erroneamente, as informações à imprensa: “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???”
A Operação Contragolpe, deflagrada na manhã da quarta-feira e que já prendeu dois dos militares do grupo conhecidos como “Kids Pretos”, é de responsabilidade de Polícia Federal. A PF já prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal.
De acordo com a PF, os militares golpistas pretendiam usar veneno e explosivos. Um dos agentes presos fez a segurança de Lula depois das eleições de 2022 e antes da posse, em janeiro de 2023. Wladimir Matos Soares passava informações sobre a rotina do petista a pessoas próximas ao ex-presidente Bolsonaro.

Jair Bolsonaro e o então comandante de Operações Especiais, general Mário Fernandes, um dos alvos da operação (Foto: Isac Nóbrega/PR)
O plano, batizado como “Punhal verde-amarelo”, foi impresso pelo general Mario Fernandes, ex-assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), que foi ministro da Saúde de Bolsonaro durante a pandemia. O documento que continha o plano foi impresso no Palácio do Planalto, após a derrota de Jair Bolsonaro.
Para Flavio Bolsonaro, as decisões judiciais que levaram às prisões não teriam “amparo legal” e seriam “repugnantes e antidemocráticas”. O senador ainda menciona PL que criminaliza “ato preparatório” de crimes de lesões ou mortes que envolvam três ou mais pessoas.
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