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Foco de gripe aviária foi contido em Montenegro (RS) diz ministro da Agricultura

O ministro Carlos Fávaro informou que não há mais mortes decorrentes da doença na granja
04/06/2025 | 15h31
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Nesta quarta-feira (4) o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou durante uma coletiva de imprensa que o foco de gripe aviária que havia surgido numa granja em Montenegro (RS) foi controlada antes de se espalhar.

Este foi o primeiro casa brasileiro em que uma granja comercial é contaminada por gripe aviária. Apesar do primeiro caso da doença no país ter ocorrido em 2023, ela atingiu apenas aves silvestres e de criação doméstica.

“É importante dizer que nós estamos com 14 dias de vazio sanitário, e não tem mais morte de animal. Portanto fica muito comprovado que o caso — de gripe aviária — não saiu da granja para fora [da granja]”, disse Fávaro.

O “vazio sanitário” dito pelo ministro, é referente aos 28 dia de descontaminação da granja que correspondem ao ciclo do vírus.

O ministério ainda informou que investiga um possível novo casa da doença em outra granja comercial em Teutônia (RS), que fica a 50 km de Montenegro.

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Granja em Montenegro enterra aves abatidas (Foto: Silvio Avila/AFP)

“Foram identificados alguns animais que chegaram no abatedouro com alguns sintomas. A amostra foi colhida, encaminhada ao laboratório e vamos aguardar o resultado. É uma investigação em andamento”, disse o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal, Bruno Cotta.

Desde o caso de Montenegro, outras três granjas suspeitas de gripe aviária surgiram — em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS) –, porém essa hipótese foi descartada.

Apesar da contenção, o Brasil só poderá se considerar livre da gripe aviária se não registrar nenhum caso confirmado da doença em granja comercial até o dia 18 de junho.

Esse prazo corresponde aos 28 dias que começaram a ser contados em 22 de maio, um dia depois da desinfecção total da granja de Montenegro.

Gripe aviária e negociação de frango com outros países

O ministro comentou que as negociações com outros países que bloquearam as importações de frango do Brasil seguem, contudo, uma redução significativa das restrições das vendas das aves só deve ocorrer quando o ciclo de 28 dias de vazio sanitário for completo.

Os bloqueios podem ser totais ou parciais, ou seja, limitados ao estado do RS ou ao município de Montenegro.

A China — principal compradora de frango do Brasil — suspendeu por completo compras do Brasil, assim como outros 20 países  e a União Europeia. Outras 14 nações suspenderam os negocios apenas com o  Rio Grande do Sul, e outros quatro somente Montenegro.

“Com relação às perdas comerciais, elas existem. Mas, de novo, é uma questão lógica. Se você pensar que 70% da produção fica no mercado interno, que 30% fica para o mercado externo. Dos 21 [países que bloquearam totalmente o Brasil], a China é um pedaço. Há uma diminuição do fluxo comercial, mas não tão importante assim”, comentou.

A partir do dia 18 de junho – se não houver novos casos –, o governo vai começar a negociar com os países a reabertura das exportações.

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