A aposta central do campo da oposição no último período segue sendo, nas redes sociais, a tentativa de fomentar conversações sobre um pedido de impeachment. Para tal, elementos como a queda na aprovação citada pela pesquisa Quaest e o preço de itens como café e carne foram explorados em consonância com a cobertura de determinados atores de imprensa.

Volume de menções, por semana, ao longo dos últimos três meses citando LULA e IMPEACHMENT
Essa “história” que a oposição busca contar (aumento no custo de vida — queda na aprovação — pedido de impeachment) apresenta como objetivo (até aqui não alcançado) emular um buzz via redes sociais que gere a catarse necessária para que o debate sobre o impeachment avance, permitindo assim que o assunto extrapole o cluster de oposição.
Inicialmente, o foco desse movimento está no programa Pé-De-Meia, mas não se “retroalimenta” dele. Outros temas como uma nova alta de juros e o desgaste político de Lula com atores importantes de uma suposta base aliada reforçam essa “tríade” de descontentamento.
Em paralelo, outras conversações sobre carga tributária acontecem em um ambiente marcado pela desinformação e propagado por atores da oposição, com críticas oriundas do reajuste no ICMS impactando também a imagem de Lula. Esse embate provocou até mesmo a manifestação do senador Cleitinho Azevedo. Na principal publicação sobre o tema no Instagram (57 mil interações) ele acusou o Confaz, eximindo explicitamente Lula de responsabilidade, e ressaltando a responsabilidade dos estados na decisão.
Assim, nas últimas semanas a oposição explicitamente passou a apostar no desgaste do governo federal por meio do debate político-econômico, ignorando questões como a “pauta de costumes” ou debates ideológicos. Nesse cenário, a disputa pela narrativa passa por uma ofensiva que visa colocar em xeque as capacidades políticas e econômicas do governo federal.
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