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Fraudes já geraram mais de R$ 400 bilhões em perdas no mercado de criptomoedas desde 2022

Movimento acompanha o crescimento de 245% no número total de fraudes relacionadas a "deepfake"
27/06/2024 | 11h05

Um levantamento da corretora de criptomoedas Bitget revela que as perdas no mercado de criptomoedas por operações fraudulentas já totalizam US$ 79,1 bilhões (o equivalente a R$ 429,4 bilhões) desde o início de 2022.

De acordo com o estudo, o movimento acompanha o crescimento de 245% no número total de fraudes relacionadas a “deepfake”, técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial (IA), registrado no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023. A informação foi dada pela jornalista Isabela Bolzani, do G1.

A presidente da corretora, Gracy Chen, afirmou, em nota, que há uma presença cada vez maior de deepfakes no mercado cripto. “A vigilância dos utilizadores e a sua capacidade de discernir fraudes de ofertas reais ainda é a linha de defesa mais eficaz contra esses crimes, até que seja implementado um quadro jurídico e de segurança cibernética abrangente à escala global”, diz.

A estimativa é que, sem medidas efetivas, esse tipo de crime pode responder por 70% das perdas no mercado de criptomoedas até 2026

Fraudes

Entre as perdas registradas nos três primeiros meses deste ano, cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 34,2 bilhões) estão relacionadas a fraudes com uso de deepfake, quase metade do registrado em quase todo o ano de 2022, de US$ 13,8 bilhões (R$ 74,9 bilhões).

“Supondo que essa tendência [de alta no número de fraudes relacionadas a deepfake] persista nos próximos trimestres, ela pode levar a uma perda total anual de US$ 25,1 bilhões [cerca de R$ 136,3 bilhões] em 2024”, indica o estudo.

As perdas com as fraudes, de acordo com o levantamento, devem continuar crescendo caso não haja uma “intervenção regulatória. A estimativa é que, sem medidas efetivas, esse tipo de crime pode responder por 70% das perdas no mercado de criptomoedas até 2026.

Entre os crimes com uso de deepfake identificados no mercado de criptomoedas estão: roubo de identidade e falsidade ideológica, golpes e esquemas fraudulentos; manipulação de mercado; fraude em investimentos; resgate e extorsão; ataques de engenharia social (quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso); falsos anúncios legais ou regulatórios; captação ilícita de recursos; imitação em realidade virtual e metaverso, entre outros.

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