Em reunião do G20 em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a tributação de países ricos. Segundo ele, é preciso uma contribuição mais justa desses países com relação a impostos.
“Ouvimos vozes cada vez mais altos do sul global e da sociedade civil exigindo uma agenda fiscal internacional mais ambiciosa, incluindo a tributação da riqueza, maior transparência e outras soluções para fazer com que os mais ricos do mundo paguem a sua justa contribuição em impostos. Vindo de um processo de reforma tributária no Brasil, tenho uma convicção particularmente forte sobre a necessidade de reforçar a cooperação global nessa área”.
A fala de Haddad veio um dia depois do presidente Lula defender perante os líderes do G20 a taxação internacional. Tributação, segundo Lula, para corrigir disparidades socioeconômicas entre países e dentro deles.
Ainda no evento desta quinta, Haddad falou sobre o aumento da dívida mundial. Disse que é uma preocupação em todo o mundo e que é preciso construir um sistema global de resolução da dívida. Completando: os nossos bancos multilaterais e organizações internacionais não estão bem equipados para enfrentar os desafios que temos pela frente.
Haddad ainda defendeu uma nova globalização. “Temos que construir uma nova globalização baseada em preocupações socioambientais. Uma reglobalização socioambiental que funcione para todos e nos ajude a acelerar o desenvolvimento sustentável. Agora, mais do que nunca, construir muros e criar ilhas isoladas de prosperidade é impraticável, para não dizer imoral. Temos de enfrentar juntos os nossos muitos desafios contemporâneos e lutar para criar um mundo justo e um planeta sustentável”.
Ele lembrou as prioridades do Brasil no G20: combate à fome e à desigualdade; desenvolvimento sustentável e transição energética; além da reforma da governança global.
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