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Na China, Galípolo diz que parcerias com o Brasil envolvem infraestrutura, tecnologia e finanças

Futuro presidente do Banco Central está em missão do governo no país asiático antes de vinda de Xi Jinping ao Brasil.
18/10/2024 | 15h35

O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, acompanha missão do governo brasileiro à China, onde estão sendo fechadas parcerias em “vários temas”, segundo ele. O anúncio dos acordos será feito durante visita do líder chinês, Xi Jinping, a Brasília no próximo mês.

Ontem (17), Galípolo mencionou que, entre as áreas em que estão sendo fechadas parcerias, estão “infraestrutura, tecnologia e a área financeira”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu “que o BC acompanhasse a financeira”, acrescentou ele, que vai assumir a Presidência da autarquia a partir de janeiro de 2025.

Ele chegou à capital chinesa anteontem (16), um dia depois dos outros integrantes da delegação brasileira, encabeçada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e que inclui também o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim.

A visita de Xi Jinping ao Brasil marca o cinquentenário das relações diplomáticas entre os dois países, completados em agosto. Porém, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, não haverá programação institucional de peso.

Lula quer garantir resultados concretos e uma cúpula bem-sucedida no dia 20 de novembro, segundo uma assessora da comitiva.

Além de Galípolo, Lula mobilizou também a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do Brics), em Xangai.

Ela viajou a Pequim e participou da reunião da delegação ontem, com o secretário-geral do Conselho de Estado, o gabinete chinês, Wu Zhenglong.

Série de encontros na China termina na sexta-feira que vem

A missão brasileira na China, que envolve uma série de encontros para fechar parcerias, termina na própria sexta-feira, com a delegação sendo recebida pelo chanceler Wang Yi, também diretor do Escritório para Assuntos Estrangeiros do Comitê Central do Partido Comunista.

A cereja do bolo dos anúncios envolve a entrada do Brasil na Iniciativa Cinturão e Rota, o programa chinês para viabilizar infraestrutura no exterior.

Lula tem indicado adesão, em diversos pronunciamentos públicos, mas insiste em obter investimentos, destacando a área de tecnologia.

Além disso, o governo brasileiro vem, desde o ano passado, pressionando para que companhias aéreas chinesas voltem a comprar aparelhos da Embraer, até o momento sem sucesso.

Neste mês, paralelamente às negociações finais para a visita de Xi, a brasileira Total Linhas Aéreas anunciou viagem a Pequim para supostamente adquirir aviões da chinesa Comac, inclusive o C919, concorrente do Boeing 737 e do Airbus A320.

Além disso, há expectativa em relação ao projeto da ponte Salvador-Itaparica, estado onde Rui Costa foi governador. O contrato com uma empresa para a construção, assinado há quatro anos, passou por revisão e não sai do papel desde então desde 2020.

Redação ICL Economia
Com informações da Folha de S.Paulo

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