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Gaza: Com saída pela fonteira fechada, suprimentos de brasileiros minguam

Ministério das Relações Exteriores do Brasil espera que o grupo de 34 brasileiros possa atravessar a fronteira para o Egito até quarta-feira.
05/11/2023 | 12h26

Por Nicolás Satriano

A Passagem de Rafah, atualmente a única via de entrada e saída de estrangeiros na Faixa de Gaza, amanheceu fechada neste domingo (5). Ontem, sábado (4), a Autoridade em Gaza que faz o controle de acesso já havia decidido suspender a saída de estrangeiros e priorizar o fluxo de feridos nos últimos bombardeios de Israel.

A situação intensifica o drama do grupo de brasileiros que espera por autorização para deixar o território, que desde o dia 7 de outubro é alvo de mísseis israelenses com a justificativa de combate ao Hamas. Segundo informação da embaixada do Brasil na Palestina, hoje, domingo, não houve divulgação de lista de estrangeiros que poderão deixar Gaza.

Nos últimos dias, Egito e Israel chegaram a acordo, mediado pelo Catar, e com isso vinham sendo divulgadas listas de pessoas com passaporte de outros países que seriam permitidas a sair de Gaza. Durante o período, mais de 2 mil pessoas, de diferentes nacionalidades, foram autorizadas a atravessar a Passagem de Rafah.

Hoje, entretanto, prevaleceu o silêncio. A expectativa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil é de que o grupo de 34 brasileiros possa atravessar a fronteira para o Egito até quarta-feira (8).

SEM GÁS E ÁGUA ACABANDO

A brasileira Shahed Al-Banna, de 18 anos, que está presa em Gaza, contou ao ICL Notícias que neste domingo o gás que usavam para cozinhar terminou. A saída foi usar fogo alimentado com gravetos para fazer chá e cozinhar pão.

O fogareiro é improvisado sobre uma estrutura enferrujada e com ferros retorcidos. Na foto encaminhada à reportagem aparece Alajrami Ahmed, de 43 anos, outro brasileiro preso em Gaza.

A água potável também está acabando, segundo Shahed. Pelos cálculos dela, a quantidade disponível deve durar até amanhã, segunda-feira (6).

A jovem também contou que pediu ajuda à embaixada na Palestina, que enviou dinheiro para que eles comprem suprimentos. No entanto, disse ela, o valor não dá para comprar todos os insumos.

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