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Gaza tem um chuveiro para cada 700 pessoas e um banheiro para cada 150

A guerra entre Israel e o Hamas já dura 46 dias ininterruptos, desde o dia 7 de outubro
21/11/2023 | 12h30

Dados revelados pela ONU (Organização das Nações Unidas), nesta segunda-feira (20), retratam a situação da crise humanitária na Faixa de Gaza. Caótica é o mínimo que se pode dizer do panorama local depois de mais de um mês de conflitos na região e do cerco israelense.

Como publicado pelo UOL, há, em média, uma unidade de chuveiro para cada 700 pessoas e um único banheiro para cada 150 pessoas. A guerra entre Israel e o Hamas já dura 46 dias ininterruptos, desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel.

De acordo com o informe da ONU, mais de 1,7 milhão de pessoas em Gaza estão deslocadas, numa população total de 2,2 milhões. Além disso, 900 mil estão em 154 abrigos da UNRWA, a agência da ONU para Refugiados Palestinos. Não há mais vagas para os recém-chegados. Doenças respiratórias agudas e diarreia estão sendo disseminadas pela superlotação.

Em 20 de novembro, mais 25 mil pessoas fugiram do norte de Gaza através do “corredor” de Salah Ad Deen. Devido à falta de espaço nos abrigos existentes no sul, milhares de pessoas deslocadas internamente estão a dormir ao relento, contra as paredes dos abrigos, à procura de alimentos e água, bem como de proteção.

A equipe de monitoramento da ONU observou um aumento no número de feridos que atravessaram o “corredor” em 20 de novembro.

ANIMAIS SACRIFICADOS 

Em toda a Faixa de Gaza, os fazendeiros começaram a abater seus animais devido à necessidade imediata de alimentos. Essa prática representa uma ameaça adicional à segurança alimentar, pois leva ao esgotamento dos ativos produtivos.

O número de camas de emergência diminuiu de 3.500 antes de 7 de outubro para 1.400, atualmente. Isso é ainda agravado pelo aumento exponencial das pessoas que procuram tratamento desde o início da guerra, deixando lacunas críticas para os doentes com ferimentos e outras doenças que requerem hospitalização.

Nos últimos dias, os dados deixaram de ser coletados sobre o número de vítimas, diante do colapso do sistema de comunicação. O número de vítimas mortais, que foi comunicado às 14h00 de 10 de novembro (última atualização fornecida), era de 11 078.

Cerca de 2.700 pessoas foram dadas como desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, Outros 27.490 palestinianos terão ficado feridos.

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