Dados revelados pela ONU (Organização das Nações Unidas), nesta segunda-feira (20), retratam a situação da crise humanitária na Faixa de Gaza. Caótica é o mínimo que se pode dizer do panorama local depois de mais de um mês de conflitos na região e do cerco israelense.
Como publicado pelo UOL, há, em média, uma unidade de chuveiro para cada 700 pessoas e um único banheiro para cada 150 pessoas. A guerra entre Israel e o Hamas já dura 46 dias ininterruptos, desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel.
De acordo com o informe da ONU, mais de 1,7 milhão de pessoas em Gaza estão deslocadas, numa população total de 2,2 milhões. Além disso, 900 mil estão em 154 abrigos da UNRWA, a agência da ONU para Refugiados Palestinos. Não há mais vagas para os recém-chegados. Doenças respiratórias agudas e diarreia estão sendo disseminadas pela superlotação.
Em 20 de novembro, mais 25 mil pessoas fugiram do norte de Gaza através do “corredor” de Salah Ad Deen. Devido à falta de espaço nos abrigos existentes no sul, milhares de pessoas deslocadas internamente estão a dormir ao relento, contra as paredes dos abrigos, à procura de alimentos e água, bem como de proteção.
A equipe de monitoramento da ONU observou um aumento no número de feridos que atravessaram o “corredor” em 20 de novembro.
ANIMAIS SACRIFICADOS
Em toda a Faixa de Gaza, os fazendeiros começaram a abater seus animais devido à necessidade imediata de alimentos. Essa prática representa uma ameaça adicional à segurança alimentar, pois leva ao esgotamento dos ativos produtivos.
O número de camas de emergência diminuiu de 3.500 antes de 7 de outubro para 1.400, atualmente. Isso é ainda agravado pelo aumento exponencial das pessoas que procuram tratamento desde o início da guerra, deixando lacunas críticas para os doentes com ferimentos e outras doenças que requerem hospitalização.
Nos últimos dias, os dados deixaram de ser coletados sobre o número de vítimas, diante do colapso do sistema de comunicação. O número de vítimas mortais, que foi comunicado às 14h00 de 10 de novembro (última atualização fornecida), era de 11 078.
Cerca de 2.700 pessoas foram dadas como desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, Outros 27.490 palestinianos terão ficado feridos.
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