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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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Golpistas previam colocar tropas nas ruas, interromper transição e anular atos do STF

Militares previam no texto "restrição do exercício do poder judiciário, especialmente o STF e o TSE"
26/11/2024 | 17h10

Em um dos trechos do relatório divulgado pelo Supremo Tribunal Federal, com a investigação da Polícia Federal sobre a preparação de um golpe de Estado no Brasil, há um detalhamento de medidas de exceção a serem tomadas para evitar a posso do presidente eleito, Lula. Os golpistas queriam interromper o proceso de transição.

No texto “Lula não sobe a rampa” há “clara alusão ao impedimento de que o vencedor das eleições de 2022 assumisse o cargo da presidência”.

O documento demonstra que o general Braga Netto tinha clara intenção golpista, “com o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito, utilizando uma intepretação anômala do art. 142 da CF, de forma a tentar legitimar o golpe de Estado”.

Os golpistas citaram anulação das eleições e impedimento de efetivação de Lula no cargo presidencial, o que leva a crer que o documento foi escrito entre novembro e dezembro de 2022.

Elaborou-se um diagrama do manuscrito de forma a facilitar a legibilidade e entendimento da trama:

O diagrama relata “diversas ações para de alguma forma obstruir as investigações que apuram a constituição de uma organização criminosa para tentar dar um golpe de Estado e Abolir o Estado Democrático de Direito, mediante a restrição do exercício do poder judiciário, especialmente o STF e o TSE”.

Entre elas, convocar colocar tropas nas ruas, fazer discurso em cadeia nacional de rádio e TV, mobilização de juristas e formadores de opinião, interrupção do processo de transição e anulação de atos do STF.

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