Por Brasil de Fato
A greve dos servidores técnicos-administrativos em educação do país completou uma semana nesta segunda-feira (18). Com isso, funcionários que integram a base da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) deixam paralisadas mais de 50 universidades federais.
Os servidores fazem um movimento nacional em defesa, principalmente, da reestruturação da carreira. De acordo com os trabalhadores, os salários também precisam passar por reajuste.
“Nós deflagramos a greve em todo o país no dia 11 de março, segunda-feira da semana passada. E nós já estamos aí com 50 universidades federais em greve, uma greve de uma semana, uma greve bem forte. É importante para a gente que essa greve realmente seja forte. A nossa greve tem um foco específico que é a reestruturação da carreira e, interligada a essa reestruturação, está a recomposição salarial. Nós tivemos uma perda de mais de 34% e tivemos uma recomposição linear no ano passado de 9%, então nós ainda estamos aí com uma perda muito grande e, infelizmente, essa negociação não aconteceu do jeito que era previsto”, explica Cristina Del Papa, coordenadora-geral da Fasubra.
Servidores em greve reconhecem avanços
O reajuste feito no ano passado, citado por Cristina, foi garantido pela PEC da Transição do atual governo Lula, que, além da recomposição salarial, também estabeleceu pequena reposição no auxílio-saúde, creche e no auxílio-alimentação.
Mesmo assim, os servidores em educação, que constituem uma das 64 carreiras administrativas do Poder Executivo Federal, cobram mais, já que ficaram com salários congelados por mais de 7 anos. Cristina enfatiza que a greve não é contra o governo, mas que o Estado precisa fazer mais.
“Eu acho importante a gente deixar claro aqui que nós não estamos fazendo greve contra o governo, contra o Lula, contra o PT. É importante nós dizermos que nós somos favoráveis ao discurso que o governo tem feito, da valorização da educação, de mais financiamento para a educação”, diz.
“Infelizmente, nos últimos seis anos, nós tivemos cortes nos investimentos e no orçamento de todas as instituições federais de ensino. Não só das universidades, mas também dos institutos federais e dos CEFETs. Nós chegamos a um orçamento que nós tínhamos lá em 2009. Então, tudo aquilo que havia avançado, nós retroagimos nos últimos seis anos, partindo aí do governo de Temer, a partir do golpe na presidenta Dilma; e depois com quatro anos de Bolsonaro”, relembra.
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