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Sabrina Craide — Agência Brasil 

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou 5 metros no início da tarde desta segunda-feira (13) e a tendência é de que continue subindo nos próximos dias, podendo superar a marca de 5,5 metros.

A prefeitura estima que a área que já tinha sido afetada na semana passada será alagada novamente, com a possibilidade de um “pequeno avanço” na área atingida.

O prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que as pessoas que tiveram as residências atingidas na semana passada não devem voltar ainda para casa. Na semana passada, o nível do Guaíba atingiu 5,35 m, deixando milhares de pessoas desabrigadas.

“Meu apelo é para que ninguém volte para casa. Tomara que não chegue a 5,5 m, mas temos que acreditar na meteorologia”, alertou o prefeito.

Um levantamento da prefeitura mostra que mais de 157,7 mil pessoas foram afetadas pelas cheias na capital gaúcha. Um total de 39,4 mil edificações foram atingidas e 1.081 quilômetros de vias públicas ficaram danificadas.

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Guaíba: bombeamento

Atualmente, oito estações de bombeamento de águas pluviais estão em operação em Porto Alegre e até esta terça-feira (14) devem voltar a funcionar mais duas. Os equipamentos servem para permitir a drenagem das águas pluviais.

A capital tem 23 estações de bombeamento, mas parte delas ficou danificada pelas inundações.

Segundo o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Mauricio Loss, foi feita uma contenção reforçada para conter as águas do Guaíba, além de diversos diques de contenção pela cidade.

Ele não quis estimar quanto tempo será necessário para que as águas baixem totalmente na capital.

“Diversos fatores influenciam no tempo de escoamento da água, estamos sujeitos a diversas intempéries, não tem como prever”, disse Loss.

Abastecimento

Segundo Loss, amanhã serão religados os motores da estação de tratamento de água do bairro Moinhos de Vento, com a possibilidade de retomar o abastecimento a partir de quarta-feira.

“Há previsão do repique do Guaíba, temos a contenção para isso, esperamos que nada ocorra, mas não podemos descartar que a força e o nível das águas possam atrasar esse serviço”, explicou Loss.

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