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Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, diz TV

O cantor sertanejo foi indiciado no dia 15 de setembro, informou o programa "Fantástico"
30/09/2024 | 07h43

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa em decorrência da investigação que apura a atuação em jogos ilegais. A informação foi revelada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo.

Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se denuncia ou não o cantor à Justiça.

Gusttavo foi indiciado no dia 15 de setembro, em um inquérito que afirma que ele se tornou sócio da Vai de Bet em julho de 2024. Gusttavo Lima teria 25% de participação na companhia, mas a polícia suspeita que ele era sócio bem antes disso. A empresa é citada nas investigações da Operação Integration.

Gusttavo Lima

Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Operação

A Operação Integration investiga a operação de jogos ilegais e lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas (bets) e tem 53 alvos, entre eles, bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra. Gusttavo teve a prisão preventiva decretada e depois revogada pela Justiça de Pernambuco.

Os policiais, segundo informações da TV Globo, encontraram R$ 150 mil em um cofre na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia. Foram encontradas 18 notas fiscais da GSA Empreendimentos, também do cantor. Elas totalizariam mais de R$ 8 milhões.

Um dos relatórios da investigação, por exemplo, diz que o site Esportes da Sorte era usado para ocultar receitas oriundas do jogo do bicho. A empresa nega irregularidades.

A investigação apurou que o esquema girava em torno de Darwin Henrique da Silva Filho, que chegou a ser preso e foi solto na última semana. O empresário de 33 anos é CEO da Esportes da Sorte.

Empresas envolvidas no inquérito tiveram bens bloqueados na casa dos R$ 2 bilhões. Aeronaves e veículos de luxo foram apreendidos durante a operação.

Gusttavo Lima

O cantor Gusttavo Lima, no último dia 23, teve sua prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais e também de ter ajudado outros alvos da polícia a escaparem da Justiça durante viagem à Grécia, após a operação ser deflagrada.

A Polícia suspeita que a Balada Eventos, empresa de Lima, também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais. A investigação cita duas transferências de dinheiro em abril (R$ 4,819 milhões) e maio do ano passado (R$ 4,947 milhões).

No dia seguinte, 24 de setembro, um desembargador revogou a ordem de prisão. Gusttavo Lima estava fora do país quando foi decretada a prisão.

O que diz a defesa?

Em nota enviada à TV Globo, a defesa de Gusttavo Lima afirmou que a inocência do artista será devidamente demonstrada. “O cantor jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana.”.

Os advogados afirmaram que o cantor não é sócio da Vai de Bet e que o contrato encontrado pela polícia indica que ele tem apenas 25% da eventual venda da marca. “Não há qualquer indício de lavagem de dinheiro e organização criminosa.”

 

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