Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou o nome do economista Gabriel Galípolo para a diretoria de política monetária do Banco Central e como diretor de Fiscalização, Ailton Aquino dos Santos. A decisão do ministro foi anunciada em meio às críticas do mercado sobre a ida do então secretário-executivo do ministério ao posto no BC.
Questionado pelos jornalistas sobre essa rejeição, ao nome de Galípolo, Haddad reafirmou que o indicado tem competência para assumir o cargo, já foi presidente de banco, além de ser uma pessoa de sua confiança.
“Ele já trabalha comigo há muitos meses, é conhecido dos economistas, é coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional. A primeira vez que eu ouvi o nome do Galípolo para o BC partiu do Roberto Campos Neto [presidente do BC], no sentido de entrosar as equipes do Banco Central e da Fazenda”, disse.
“Estamos procurando o entrosamento. Todo mundo aqui é testemunha do esforço que está sendo feito, de parte a parte, no sentido de permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária, no sentido de integrar mais, de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único”, completou.
“Galípolo é meu braço direito, meu parceiraço, pode assumir várias posições no governo. É um quadro técnico da melhor qualidade, e político, eu diria”, afirmou o ministro em outra entrevista.
Indicação de Galípolo terá que ser aprovada no Senado
Número dois de Haddad no Ministério da Fazenda, o ex-presidente do Banco Fator conta com a confiança de Lula e é presença recorrente em agendas com o mandatário no Palácio do Planalto. Também tem contato frequente com Campos Neto.
O nome deverá ser encaminhado pelo presidente Lula ao Senado Federal, que realizará sabatina com o indicado e decidirá se aprova ou não a nomeação.
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