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‘Havia pacto entre Bolsonaro, Ibaneis e polícias’, diz Lula sobre dia da diplomação

Na data, veículos foram incendiados e houve tentativa de invasão à sede da PF
06/01/2024 | 04h56

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que havia um “pacto” entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e as polícias do Exército e do Distrito Federal durante os tumultos do dia 12 de dezembro de 2022, em Brasília. Na data, houve a diplomação de Lula e Geraldo Alckmin. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal O Globo.

“Eu estava no hotel assistindo a eles queimando ônibus, carros, e a polícia acompanhando sem fazer nada. Havia, na verdade, um pacto entre o ex-presidente da República [Jair Bolsonaro], o governador de Brasília [Ibaneis Rocha] e a polícia, tanto a do Exército quanto a do DF [Distrito Federal]. Isso havia, inclusive com policiais federais participando. Ou seja, aquilo não poderia acontecer se o Estado não quisesse que acontecesse”, afirmou Lula.

Durante a cerimônia de posse do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), veículos foram incendiados e vândalos tentaram invadir a sede da Polícia Federal.

“Tinha havido aquela atuação canalha que envolveu inclusive gente de Brasília, quando tacaram fogo em ônibus no dia em que fui diplomado”, disse o presidente.

Após esses eventos, também houve, na véspera do Natal de 2022, uma tentativa frustrada de atentado com bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília.

8 DE JANEIRO

Ao lembrar os primeiros dias do terceiro mandato, Lula expressou desconforto com a persistência dos acampamentos em frente aos quartéis. O presidente mencionou que, antes de partir para Araraquara (SP), onde estava durante o ataque, teve uma conversa com o ministro da Defesa, José Múcio. Na ocasião, Lula disse que não recebeu as informações corretas sobre a ameaça dos ataques.

“Antes de viajar para São Paulo, conversei com o ministro [José] Múcio. Ele disse que estava tranquilo, que as pessoas iam sair. Viajei tranquilo”, lembrou o presidente.

“Não me passava pela cabeça que eu ia ser pego de surpresa com aquela manifestação. Sinceramente, não tive as informações corretas que tinha possibilidade de acontecer aquilo”, acrescentou o presidente.

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