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IBC-Br, a ‘prévia’ do PIB, caiu 2,0% em maio, mas acumula alta de 3,61% no ano

A queda vai na contramão do esperado pelo consenso Refinitiv, que previa estabilidade (0,0%) no índice mensal.
17/07/2023 | 12h49

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador que é considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, recuou 2,0% em maio na comparação com abril, conforme dados publicados hoje (17) pelo Banco Central. Em abril, o indicador tinha mostrado alta de 0,56%.

A queda vai na contramão do esperado pelo consenso Refinitiv, que previa estabilidade (0,0%) no índice mensal.

Em relação a abril de 2022, o IBC-Br teve crescimento de 2,15%. No trimestre encerrado em maio, o indicador avançou 1,63% ante o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve alta de 3,83%.

Com os dados divulgados hoje, o IBC-Br acumula alta de 3,61% no ano e de 3,43% em 12 meses.

Embora seja considerado a prévia do PIB, os dois indicadores consideram variáveis diferentes na forma de cálculo.

Para calcular o IBC-Br, o Banco Central utiliza estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda, que é incorporado no cálculo do PIB do IBGE.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Por sua vez, o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, embora nem sempre os dois mostrem proximidade.

Expectativa do mercado é de que IBC-Br, PIB e inflação levem o Copom a reduzir a taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião

Apesar da queda no IBC-Br, o indicador acumula alta no ano, como mostrado. Nesta segunda-feira, o Banco Central também divulgou o Boletim Focus, com projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Na publicação, os agentes das cem instituições financeiras consultadas elevaram a projeção do PIB para este ano, de 2,19% para 2,24%, e mantiveram a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 4,95% este ano.

Diante dos bons dados econômicos, é esperado pelo mercado e pelo próprio governo o início da redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.

No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 1,9%, puxado principalmente pelo setor de agronegócio.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país.

No mesmo Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa Selic se manteve em 12,0% para este ano. Do mesmo modo, o mercado manteve as projeções para 2024 em 9,50% e a de 2025, em 9,0%. A de 2026 parou nos mesmos 8,75% da semana passada.

Na reunião de agosto, há quem aposte que o corte da Selic será de 0,25 ponto percentual, mas há quem aposta num corte maior, de 0,50 p.p. Ou seja, para chegar nos 12,0% calculados pelo mercado, é necessário um corte total de 1,75 ponto percentual na taxa básica de juros.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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