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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

‘Inadmissível’, diz promotora do caso Marielle sobre ser monitorada pela Abin

Simone Sibilio liderou a investigação do caso Marielle entre 2019 e julho de 2021
25/01/2024 | 14h41

A promotora Simone Sibilio, ex-coordenadora do Gaeco do MP–RJ (Ministério Público do Rio) disse à coluna que considera “preocupante” e “inadmissível” a informação de que foi monitorada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro. Sibilio liderou a investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes entre 2019 e julho de 2021.

Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para autorizar a Operação Vigilância Aproximada, nesta quinta-feira (25), consta a informação de que foi identificada a “instrumentalização da Abin, para monitoramento da promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e o motorista que lhe acompanhava Anderson Gomes”.

Segundo a decisão, a Controladoria Geral da União (CGU) encontrou um resumo do currículo da promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP–RJ) que coordenava a força-tarefa que investigada as mortes de Marielle e Anderson.

A decisão de Moraes não esclarece qual seria o objetivo do monitoramento da promotora responsável pelo caso. De maneira geral, esquema de monitoramento ilegal montado na Abin buscava, entre outras coisas, criar relatórios apócrifos para criar narrativas falsas.

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