Enquanto os índices futuros e as bolsas da Europa operam sem direção definida nesta manhã de segunda-feira (5), as bolsas da Ásia fecharam em alta, depois que o presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, sancionou o projeto de lei que suspende o limite do teto da dívida do país até 2025, evitando o que teria sido o primeiro calote da história dos EUA.
Nesta segunda-feira, os investidores aguardam a divulgação do PMI para maio do Institute for Supply Management e S&P Global, bem como pedidos de fábrica de abril e bens duráveis.
Na Europa, os mercados operam mistos, com investidores digerindo o acordo do teto da dívida dos EUA e os dados de inflação da zona do euro.
Por lá, as ações de petróleo e gás lideraram os ganhos com um aumento de 1% depois que a Arábia Saudita anunciou cortes voluntários em sua produção no domingo.
No Brasil, a semana será mais curta com o feriado cristão de Corpus Christi, na próxima quinta-feira (8). Um dia antes, será divulgada a inflação de maio medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A previsão de analistas é de desaceleração para 0,31%, ante 0,61% em abril, com o apoio de preços da gasolina e de alimentos. Assim, a taxa anual ficaria em 4%.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (2) em alta, com investidores repercutindo a aprovação da suspensão do teto da dívida de US$ 31,4 trilhões nos Estados Unidos e a divulgação de dados de emprego de maio no país, quando foram criadas 339 mil novas vagas de trabalho. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,80%, aos 112.558 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, além da influência dos mercados internacionais, a bolsa brasileira também contou com o apoio dos papéis da Vale. No mercado doméstico, a agenda foi mais esvaziada na sexta-feira, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados de produção industrial de abril. Naquele mês, a indústria caiu 0,6% frente a março. Já no acumulado em 12 meses, a queda é de 2,7%.
Nas negociações do dia, o dólar caiu 1,07% frente ao real, cotado a R$ 4,952 na compra e a R$ 4,953 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam sem direção definida hoje, com investidores ainda repercutindo a sanção presidencial ao projeto que suspende o teto da dívida dos Estados Unidos e os dados de inflação da zona do euro.
Os investidores europeus ainda estão analisando o impacto dos dados de inflação de quinta-feira passada, que mostraram que a inflação da zona do euro caiu para seu nível mais baixo desde fevereiro de 2022. Contudo, o BCE (Banco Central Europeu) ainda não deu sinais de que vai reduzir o ritmo de aperto monetário.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,56%
DAX (Alemanha), +0,05%
CAC 40 (França), -0,03%
FTSE MIB (Itália), -0,27%
STOXX 600, +0,08%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam sem direção definida nesta manhã de segunda-feira, após o S&P 500 ter registrado a sua melhor semana desde março e apontado o nível mais alto desde agosto.
Os títulos do Tesouro dos EUA sobem, com investidores considerando o que poderia vir a seguir para as taxas de juros e avaliando os principais dados econômicos que podem afetar os próximos movimentos de política do Fed (Federal Reserve).
Recentemente, falas de membros do Fed trouxeram incertezas aos mercados, de que haverá pausa no ritmo do aperto monetário.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,25%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com alta, depois da sanção da lei da suspensão do teto da dívida do país.
Das notícias da região, o Nikkei 225, do Japão, subiu 2,2%, superando os 32 mil pontos pela primeira vez desde 1990.
Na frente de dados econômicos, o índice de gerentes de compras (PMI) de Serviços da China atingiu 57,1 em maio, subindo para a segunda maior taxa desde novembro de 2020.
Já o PMI de serviços do Japão atingiu 55,9, superando o recorde anterior de 55,4 estabelecido no mês passado e estendendo sua seqüência para seis meses consecutivos de expansão acelerada.
As vendas no varejo de Cingapura cresceram 3,6% ano a ano em abril, ligeiramente abaixo dos 4,5% registrados em março.
Shanghai SE (China), +0,07%
Nikkei (Japão), +2,20%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,84%
Kospi (Coreia do Sul), +0,54%
ASX 200 (Austrália), +1,00%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no terreno positivo após Arábia Saudita prometer mais cortes voluntários na produção. A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) fecharam um acordo no último domingo (4) para estender os cortes de produção até 2024 e dar aos Emirados Árabes Unidos uma cota maior no próximo ano.
Petróleo WTI, +2,36%, a US$ 73,43 o barril
Petróleo Brent, +2,22%, a US$ 77,82 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem dados de encomendas à indústria (na segunda-feira).
Por aqui, no Brasil, no campo político, a agenda tem muito o que ser tratado nos próximos dias. No Senado, o arcabouço fiscal ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Parlamentares avaliam mudanças no texto, mas querem evitar nova votação na Câmara. Já o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou que apresentará o relatório da proposta amanhã (6). Há também a expectativa de que o governo anuncie oficialmente hoje (5) o programa para reduzir os preços de carros populares. Na seara econômica, sai o relatório Focus do Banco Central, que merece atenção depois que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do terceiro trimestre avançou 1,9%, acima das expectativas do mercado. Também sai hoje o PMI de serviços.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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