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Economia

À espera do discurso de Powell e da decisão do BCE sobre juros, índices futuros operam perto da estabilidade nesta manhã de quinta-feira (8)

Com indícios de desaceleração econômica mundial e inflação em patamares recordes, expectativa dos mercados internacionais é de alta nas taxas de juros dos EUA e da zona do euro
08/09/2022 | 11h39

Na expectativa do discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e a definição da taxa de juros da zona do euro, os índices futuros dos EUA estão operando próximos da estabilidade na manhã desta quinta-feira (8). Enquanto isso, o mercado europeu ainda está sem rumo certo diante das incertezas econômicas futuras.

Ontem (7), feriado da Independência no Brasil, os mercados internacionais operaram em forte alta levados pela queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e à espera da confirmação de nova elevação dos juros pelo BCE, numa tentativa da autoridade monetária de controlar a escalada da inflação na região, que deve subir ao menos 10% nos próximos meses. Analistas esperam um aumento de 75 pontos-base na taxa de juros da zona do euro.

Logo mais, às 10h (horário de Brasília), o presidente do Fed vai discursar, o que vem sendo também muito aguardado pelos mercados. Powell deve sinalizar para outra alta de 75 pontos-base na taxa de juros norte-americana no final de setembro, uma vez que a inflação do país também tem atingido patamares recordes em décadas. Reforçando esse caminho, a divulgação do livro bege da autoridade monetária americana ontem indica que as perspectivas de expansão econômica seguem fracas.

Junto com o importante discurso, também serão divulgados os dados de pedidos de auxílio-desemprego semanal nos EUA. O consenso Refinitiv projeta 240 mil solicitações, acima dos 232 mil da semana anterior.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (6) na contramão do dia positivo nos mercados europeus. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 2,17%, a 109.764 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, no exterior os investidores permanecem cautelosos com os investimentos antes de uma reunião do Banco Central Europeu esta semana, enquanto também observavam as consequências do corte de gás da Rússia.

Nas negociações do dia, o dólar comercial subiu 1,63%, cotado a R$ 5,238 na compra e na venda.

Europa

Os mercados europeus estão operando sem rumo certo nesta manhã (8), à espera da decisão sobre juros do Banco Central Europeu. Os investidores aguardam para um aumento de 75 pontos-base nas taxas, o que deve impactar ainda mais o custo de vida na zona do euro.

A libra britânica caiu em relação ao dólar e ao euro na manhã desta quinta-feira, quando a nova primeira-ministra, Liz Truss, se preparava para anunciar um enorme pacote de apoio para ajudar com contas de energia mais altas. O conflito da Rússia contra a Ucrânia tem elevado o custo de energia a níveis altíssimos nos últimos meses.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,41%
DAX (Alemanha), +0,04%
CAC 40 (França), +0,17%
FTSE MIB (Itália), -0,16%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam próximos da estabilidade nesta manhã. Analistas americanos estão na expectativa do discurso de Powell e à espera da decisão do BCE sobre juros. Há temores generalizados de uma desaceleração da economia mundial. Isso tem afastado investidores dos ativos mais arriscados nos EUA.

Dow Jones Futuro (EUA), 0,00%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,01%

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam mistos após a sólida recuperação de Wall Street na véspera. O índice Nikkei 225, do Japão, fechou em alta de 2,31%, a 28.065,28 pontos. Na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou sua sessão com alta de 1,77%, a 6.848,7, e o Kospi na Coreia do Sul subiu 0,33%, a 2.384,28.

Na China, o índice de Shanghai caiu 0,33%, enquanto o Shenzhen recuou 0,86%. Na véspera, dados da balança comercial chinesa mostraram que as importações de petróleo caíram 9,4% em agosto em relação ao ano anterior, com interrupções nas refinarias estatais e operações mais fracas em unidades independentes causadas por margens estreitas que limitaram as compras.

Shanghai SE (China), -0,33%
Nikkei (Japão), +2,31%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,00%
Kospi (Coreia do Sul), +0,33%

Petróleo

As cotações do petróleo atingiram menor patamar desde que a Rússia invadiu a Ucrânia devido a temores sobre a demanda, devido ao risco de recessão mundial e dados comerciais fracos da China em meio à sua rigorosa política de Covid zero.

Petróleo WTI, -0,41%, a US$ 81,60 o barril
Petróleo Brent, -0,42%, a US$ 87,63 o barril

Agenda

Os mercados estão no aguardo do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, e da reunião do BCE (Banco Central Europeu). A expectativa é de que o BCE eleve a taxa de juros da zona do euro em 75 pontos-base para tentar controlar a inflação, e de que Powell também dê algum sinal nessa direção.

Por aqui, no Brasil, no campo político, continua reverberando negativamente a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, durante as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil ontem (7), em Brasília e no Rio de Janeiro. Ele foi duramente criticado por outros candidatos à Presidência da República, por aproveitar a ocasião para fazer comício, infringindo as regras eleitorais. No âmbito econômico,  saem hoje os números do IGP-DI e IPC-S semanal.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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