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Margareth Signorelli

Especialista em Relacionamentos pelo Método Gottman. Pós-graduada em Sexualidade pelo PROSEX- Faculdade de Medicina da USP. Gold Standard e Optimal EFT terapeuta. Autora do livro “Os 4 Pilares para uma vida feliz e saudável com EFT”. Criadora e Idealizadora de cursos de Autoaplicação da Técnica EFT, de Relacionamentos e de Formação de Terapeutas na Técnica EFT.

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Infidelidade — um grande desafio

John Gottman, doutor em psicologia e relacionamento, orienta o casal a discutir o assunto exaustivamente excluindo a parte sexual
12/02/2025 | 05h00

Traição é um dos grandes motivos da separação dos casais. Segundo um estudo, casais em que a parceria admitiu ter cometido uma traição, apenas 15,6% conseguiram se recuperar.

Eu costumo dizer que existem, pelo menos, 10 tipos diferentes de traição no relacionamento, mas aqui vou me ater na parte sexual, em que houve um caso extraconjugal.

Sendo a confiança um dos grandes alicerces para um relacionamento saudável, senão o maior, esta tem que ser reconstruída.

No primeiro momento, quando a traição é descoberta ou revelada, a melhor atitude deveria ser uma breve separação, neste momento de grande fragilidade de ambos. Emoções estão “a flor da pele” e não seria exatamente a melhor forma para se comunicar, para que feridas maiores não se formem.

Minha orientação é que após um breve período o casal procure ajuda externa, para que o assunto seja abordado objetivamente e não trazendo outras questões que podem afastar ainda mais o casal.

Em um estudo feito com 350 casais nesta situação, mostrou que aqueles que participaram de pelo menos 10 sessões de terapia, tiveram uma chance muito maior de continuarem juntos do que os que foram em menos sessões ou se recusaram a procurar ajuda.

John Gottman, doutor em Psicologia e relacionamento, vem estudando casais há mais de 50 anos no seu Love Lab, na cidade de Seattle. Segundo ele, no caso da infidelidade conjugal, o casal deve discutir o assunto exaustivamente. A pessoa traída deve fazer todas as perguntas que quiser sobre o assunto. A única pergunta que não pode ser feita é sobre a área sexual, especificamente, pois prejudicaria ainda mais qualquer possibilidade de reconciliação do casal.

Quando trabalho com casais, minha primeira pergunta é se ainda existe amor, apesar da ferida e se os dois querem permanecer juntos.

Estas duas questões são imprescindíveis para saber se seguiremos pelo caminho da reconciliação ou dissolução da relação, com o objetivo que qualquer uma das duas seja a menos dolorosa e destrutiva para cada um dos envolvidos.

A infidelidade sempre será um grande desafio. Pode ser um término, uma libertação ou um grande recomeço. O trabalho deve ser para que quem traiu se desculpe pela dor que causou e o que foi traído consiga perdoar para não carregar este sentimento como um troféu, mas sim como uma grande superação.

Grande abraço,

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