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Instituto Brasil-Israel: ‘Declaração de Flávio Bolsonaro é banalização do Holocausto’

Em nota, entidade afirma que não há qualquer semelhança entre os 'depredadores' das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e as vítimas do extermínio que matou de mais de seis milhões de judeus
27/09/2023 | 17h06

O Instituto Brasil-Israel divulgou na noite de ontem uma nota em que rebate a fala do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro. O parlamentar comparou os presos nos ataques golpistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes às vítimas do Holocausto.

De acordo a entidade, a comparação feita pelo senador banaliza o Holocausto que resultou no extermínio de mais de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1933 e 1945.

“A declaração feita por Flávio Bolsonaro em que compara vítimas do Holocausto aos depredadores de Brasília é um caso clássico de banalização do Holocausto. Flávio decide entrar em resoluções assustadoras, sendo desrespeitoso e ofensivo com a memória”, diz a nota.

Segundo o Instituto, “ao contrário dos detidos e presos por crimes em Brasília, as vítimas dos nazistas não cometeram crime algum, e foram exterminadas em razão de sua identidade religiosa, nacional, sexual ou política”, afirma.

A comparação feita pelo senador ocorreu durante o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno à CPMI do 8 de Janeiro. Flávio Bolsonaro afirmou que, no Holocausto, as pessoas eram induzidas a entrar em trens e acabavam conduzidas às câmaras de gás. Segundo ele, o método “é muito parecido com o que aconteceu aqui nas prisões dos dias 8 e 9 de janeiro”.

 

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