O uso das ferramentas de Inteligência Artificial pode afetar até 40% dos empregos atualmente existentes no mundo. O alerta é do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontou para o aumento da desigualdade com a tendência.
O Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, na Suíça, que começa hoje, segunda-feira (15), deve discutir o tema. A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, publicou um pedido para que redes de segurança social e programas de reciclagem sejam oferecidos pelos governos para conter o impacto da IA. A informação é da CNN Brasil.
“Na maioria dos cenários, a IA provavelmente piorará a desigualdade geral, uma tendência preocupante que os formuladores de políticas devem abordar proativamente para evitar que a tecnologia estimule ainda mais as tensões sociais”, escreveu, em publicação no último domingo (14).
Segundo Georgieva, ainda, as mudanças devem ser mais sentidas nas economias mais desenvolvidas, em comparação às emergentes. Nos países mais ricos, até 60% dos empregos podem ser afetados pela IA.
“Nos casos mais extremos, alguns desses empregos podem desaparecer”, disse a chefe do FMI.
O CASO DO BRASIL
Nos países emergentes, como o Brasil, cerca de 40% dos empregos devem ser afetados pela Inteligência Artificial. Nos países mais pobres, as ferramentas devem atingir 26% dos empregos.
“Muitos desses países não têm infraestrutura ou mão de obra qualificada para aproveitar os benefícios da IA, aumentando o risco de que, com o tempo, a tecnologia possa piorar a desigualdade”, salientou Georgieva.
O FMI alerta, ainda, que o uso de IA pode aumentar a agitação social. Desde a ascensão do ChatGPT, o uso das ferramentas de Inteligência Artificial passou a fazer parte das discussões do Fórum Econômico de Davos.
“A IA transformará a economia global…Vamos garantir que ela beneficie a humanidade”, escreveu a chefe do FMI.
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