Órgãos de inteligência dos Estados Unidos iniciaram uma investigação depois que pelo menos um coquetel molotov foi lançado em um atentado contra a Embaixada de Cuba em Washington, nos Estados Unidos, na noite do domingo (24).
Ninguém ficou ferido no incidente nem danos significativos foram causados ao posto diplomático, segundo informam autoridades americanas.
Até a manhã desta segunda-feira (25), nenhuma prisão havia sido feita, segundo o Serviço Secreto, que fornece funções de policiamento e proteção a embaixadas e missões estrangeiras em Washington.
“Funcionários da Embaixada de Cuba contataram a Divisão Uniformizada do Serviço Secreto dos EUA para denunciar um indivíduo que havia jogado um possível dispositivo incendiário (coquetel molotov) no prédio”, disse o Serviço Secreto dos EUA em um comunicado. “Os policiais responderam rapidamente para iniciar uma investigação. Não houve incêndio ou danos significativos ao edifício.”
Cuba fala em terrorismo
Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, postou no X (antigo Twitter) que a embaixada foi “alvo de um ataque terrorista cometido por um indivíduo que lançou dois coquetéis molotov”.
De acordo com o ministério, a pessoa os jogou “da calçada por cima da cerca perimetral das instalações, atingindo a parede frontal daquela missão diplomática”.
“Não houve feridos no pessoal que estava presente naquela sede”, continua o comunicado. “A pedido da missão diplomática cubana, oficiais do Serviço Secreto dos Estados Unidos chegaram ao edifício e tiveram acesso às suas instalações para verificar a ação violenta perpetrada”.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, condenou o incidente, afirmando que a violência “poderia ter custado vidas valiosas”.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse nesta segunda-feira que “ataques e ameaças contra instalações diplomáticas são inaceitáveis”, acrescentando que o Serviço de Segurança Diplomática do Departamento de Estado está trabalhando com o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington para investigar o ataque.
Lianys Torres Rivera, encarregada de Negócios da Embaixada de Cuba em Washington, disse que o local forneceu amostras dos coquetéis molotov às autoridades dos EUA que investigavam o ataque.
As autoridades cubanas disseram que os coquetéis molotov não pegaram fogo.
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