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Ivanir dos Santos

Professor e orientador no Programa de Pós-graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Conselheiro Estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). Autor e idealizador da série Resistência Negra, da Globoplay.

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Interfaces entre mundo político e religioso

Religião e a politica são usadas como mecanismo e manobras de sobreposições fundamentalistas e intolerantes
08/04/2025 | 06h50
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Religião e politica não se discute?

Essa é uma das frases que mais ecoam nos últimos anos, quando paramos para observar as interfaces entre política e religião que vêm, ao longo de século, moldando as nossas relações no âmbito privado e particular.

A religião foi, durante o período colonial e imperial, o sustentáculo e a base da formação social e política brasileira. Ao voltarmos os nossos olhos para esse processo é possível perceber até o século 18 a forte presença do clero cristão católico na política, fortalecendo as ações e ligações entre o poder temporal e poder religioso.

Movimento Brasil Laico

Com a reforma ultramontana, no século 19, Estado e Igreja passam a caminhar em linhas diferentes e com objetivos que ora se encontravam e ora se desencontraram. Já no século 20 e 21, assistimos à ascensão de novas configurações religiosas no Brasil, com leves e objetivos acenos à política nacional com os movimentos pentecostais e neopentecostais.

Cá do meu canto, observo que ao longo dos séculos o entrelaçamento de política e religião vem se mostrando uma questão que precisa ser analisada e debatida fora e dentro dos muros das universidades.

Compreende-se que vivemos em um país democrático! Deste modo, todas as pessoas, sejam elas religiosa sou não, têm o direito de participar da vida politica do nosso país. Seja por meio de mandatos ou ações indiretas ligas a movimentos sociais e políticos.

Entretanto, precisamos entender e analisar ações, na contemporaneidade, em que a religião e a política são usadas como mecanismo e manobras de sobreposições fundamentalistas e intolerantes que cerceiam a liberdade e direitos das pessoas que não professam a mesma fé e os mesmos princípios.

Assim, vamos começar uma série de textos voltados para reflexões políticas, sociais e econômicas. O objetivo é fortalecer as nossas análises para que possam construir ações contundentes para os próximos cenários do nosso país.

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