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Internet 5G começa a ser fornecida em Brasília. Anatel seguirá um cronograma para implementação em outras capitais

5G permitirá a criação de novos serviços, como a evolução da infraestrutura de transportes. Na área da saúde permitirá realizar cirurgias remotas
06/07/2022 | 11h47

A partir desta quarta-feira (6), a internet 5G começou a ser fornecida em Brasília. O plano de implementação deve passar, na sequência, por Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, mas ainda não há datas definidas para isso, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por enquanto, são quase 70 modelos de smartphones aptos a funcionar com a nova tecnologia no Brasil.

Segundo a Anatel, o 5G é a nova geração de sistemas celulares e arquitetura de rede que fornecerá conectividade de banda larga robusta, com diversidade de uso que a rede deve suportar, quando comparada às atuais, desenvolvidas essencialmente para disponibilizar banda larga móvel. O 5G permitirá a conexão de pessoas e objetos.

A infraestrutura permitirá a criação de novos serviços, como a evolução da infraestrutura de transportes. Na área da saúde permitirá realizar cirurgias remotas. Também permitirá colocar em prática mais carros autônomos em vias inteligentes.

Internet 5G terá mais velocidade, menor consumo de energia e resposta real mais rápida

5G quinta geração

Crédito: Envato


Segundo informações da Anatel, entre as principais melhorias técnicas em relação ao 4G está maior velocidade: em teoria, a rede 4G é capaz de atingir a velocidade de um gigabit por segundo (1 Gbps). No dia a dia, porém, não chegamos perto disso em nossos celulares. Com o 5G, a expectativa é atingir velocidade máxima, na ERB, vinte vezes maior em relação ao 4G, chegando a 20 Gbps, ou seja, centenas de vezes superior à atual quarta geração.

Também a rede 5G tem nível de eficiência energética 90% mais alto que a 4G. E, por fim, tem menor latência, isto é, a resposta entre o estímulo e a resposta real da rede é de apenas 1 milissegundo com o 5G, enquanto que a tecnologia 4G apresenta, em média, latência de 50 milissegundos.

Apesar da chegada do 5G, a Anatel reforça que as outras frequências 2G, 3G e 4G seguem funcionando. “O 5G agregará novas faixas de frequência à telefonia celular, sem contudo alterar as faixas já disponibilizadas para o uso do serviço”, diz a agência.

As líderes em termos de variedade do portfólio são a Samsung (com 25 modelos), seguida de Motorola (14), Apple (9) e Xiaomi (6) — outros 13 aparelhos são de outras marcas. Os preços dos celulares partem de aproximadamente R$ 1,5 mil.

A latência mínima do 5G “puro”, que será ativado a partir desta quarta na rede, é de 3,5 Ghz. O que as empresas fizeram até aqui foi criar uma nova rede aproveitando um pedaço da faixa de 2,3 Ghz na qual já circulam os sinais do 4G.

Esse modelo representou um avanço na conexão, mas permaneceu abaixo da velocidade alta de navegação e da latência mínima arrematada no leilão realizado pela Anatel em novembro.

Claro, TIM e Vivo já ofereciam uma modalidade de conexão ofertada como 5G, mas que chegou a ser alvo de contestação pelo próprio governo federal porque não entrega todos os benefícios esperados da nova tecnologia.

Após o leilão, a Anatel criou um grupo para garantir a limpeza da faixa contra interferências, o que consiste na migração do sinal de TV por antenas parabólicas da atual frequência, na banda C, para uma nova frequência, na banda KU.

Na prática, equipes de campo estão instalando filtros nos equipamentos para fazer esse “desvio” no sinal. Em seu site, a Anatel especifica os requisitos da rede 5G, conforme recomendação da União Internacional de Telecomunicações (UIT): mobilidade de até 500 km/h; Latência de 1 ms, em aplicações URLLC; velocidade típica do usuário 100 Mbit/s, em aplicações eMBB; conexão de 1 milhão de dispositivos por km2, em aplicações mMTC; Velocidade máxima de 20 Gbit/s.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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