Em um vídeo realizado para convocar o ato do bolsonaristas por anistia em 6 de abril são exibidas imagens de seis invasoras que foram presas dentro do Palácio do Planalto no 8 de janeiro de 2023. Ao todo, aparecem oito mulheres com nomes, fotos e com a informação de que três são mães e três, avós. A apuração é do repórter Fernando Molica, na coluna Bastidores do site Correio da Manhã.
A sétima, Maria de Fátima Mendonça Jacinto de Souza, de 69 anos, que ficou conhecida como Fátima de Tubarão. No 8 de janeiro, “Fátima de Tubarão” surge num vídeo gravado durante a depredação do Supremo Tribunal Federal em que ela declara que evacuara “nessa bosta aqui” e estava “quebrando tudo”. Também diz que havia uma “guerra” e iria “pegar o Xandão”.
A oitava da lista é Débora Rodrigues dos Santos, que pichou com batom a estátua da Justiça diante do STF e está em prisão domiciliar.
Vídeo também traz depoimentos de pastores

O pastor Silas Malafaia diz que “patriotas” são condenados por “perseguição política” (Foto: Agência Brasil)
O vídeo de convocação para o ato, que está circulando pelas redes sociais, também traz depoimentos de nove pastores que defendem a anistia, inclusive Silas Malafaia. Malafaia diz que “patriotas” estão sendo condenados “por perseguição política”. Ele e outros pastores ressaltaram o que classificam de injustiça.
Outra mulher que aparece é Iraci Megumi Nagoshi, de 72 anos, que é apresentada como diretora de escola e admitiu em depoimento que participou da invasão do Planalto. Em seu celular foram apreendidos vídeos das ações e falas em que comemorava as ações. Ela foi condenada a 14 anos.
A prisão delas no Palácio do Planalto durante a invasão está registrada em documentos do STF. Pelo menos quatro das oito também participaram de manifestações diante do Quartel-General do Exército que pediam “intervenção militar”.
Das mostradas no vídeo, três são citadas como avós e três como mães “de menores”. Entre elas, apenas Débora não foi presa dentro do Planalto. No vídeo, afirma-se que ela foi condenada a 14 anos, mas seu julgamento não terminou. O material não apresenta perfis de homens. Entre os que foram alvo de ações no STF pelo 8 de Janeiro, 65,45% são do sexo masculino.
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