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Com La Niña e bloqueios, inverno deve ter mais dias com calor até 3 °C acima da média

Período será de temperaturas acima da média, sobretudo no final da estação
21/05/2024 | 13h53

O inverno de 2024, que começa no dia 21 de junho às 17h51 para a maior parte do território brasileiro, não deve ter extremos de frio ou calor. A tendência é de mais dias com temperaturas mais elevadas que o normal, mas ainda assim períodos de frio ao longo da estação.

O período será de temperaturas acima da média, com destaque especialmente para o final da estação, entre agosto e a primeira quinzena de setembro. Nesse período, o país pode ter, inclusive, novas ondas de calor.

O El Niño, que aquece as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial e influencia o clima em todo o país, se encerrou. Agora, após o fim da sua atuação, estamos na chamada fase neutra, em que as águas do Oceano Pacífico não estão sob influência de nenhum fenômeno. O El Niño, no entanto, ainda deve ter a influência percebida por algumas semanas, até aproximadamente junho.

Há uma expectativa entre os metereologistas de que haja a instalação da La Niña, quando há o resfriamento da faixa equatorial central e centro-leste do Oceano Pacífico. No Brasil, esse fenômeno costuma provocar:

  • Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste.
  • Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares.
  • Tendência de tempo mais seco no Sul.
  • Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

Durante esse fim do outono, é esperada uma redução na frequência de bloqueios atmosféricos (como o que atua sobre o Brasil desde 22 abril), e uma transição para padrões climáticos mais típicos da estação.

Inverno

Inmet prevê chuvas intensas para a região Sudeste, sobretudo Rio e São Paulo (Agência Brasil)

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná devem receber uma maior quantidade de massas de ar frio no início do inverno. Foto: Agência Brasil

De acordo com a previsão do Inmet, junho será um mês quente, especialmente na parte central do país, onde essa massa de ar seco e quente continuará a atuar até o dia 17.

A La Niña, no entanto, propicia a chegada de mais massas de ar frio ao centro-sul do continente americano, afetando países como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e áreas do centro-sul do Brasil.

O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná devem receber uma maior quantidade de massas de ar frio no início do inverno, enquanto poucas dessas massas avançarão para o interior do Brasil.

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