Após uma reunião de mais de seis horas, o governo de Israel anunciou a adesão ao acordo cessar-fogo em Gaza. A decisão foi informada nesta sexta-feira (17), pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Embora Catar e Estados Unidos já tivessem anunciado na quarta-feira (15) um acordo de trégua em Gaza e de libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas, o gabinete do premiê israelense informou no mesmo dia que os “detalhes finas” ainda estavam sendo fechados.
Parte dos integrantes do gabinete de Netanyahu discordavam dos termos do texto, conforme reportou a agência de notícias Reuters.

Boa parte de Gaza foi destruída pelo exército israelense. Mais de 46 palestinos foram mortos
Liberação de reféns e governo alternativo em Gaza
Com a adesão, a troca de reféns entre as Forças Armadas israelenses e o grupo radical islâmico Hamas começará nesto domingo (19).
Pelos termos acordados, os primeiros libertados serão mulheres, crianças, homens acima dos 50 anos, feridos e doentes. Na segunda fase, após 16 dias de cessar-fogo, os demais prisioneiros terão liberdade.
Essa será a primeira de uma série de medidas implementadas para encerrar a guerra, que perdura desde outubro de 2023.
A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região. De acordo com o secretário de assuntos externos dos EUA, Anthony Blinken, que participou das negociações junto com representantes do Catar e Egito, os princípios do acordo consideram que o Hamas deve ficar de fora do novo poder na região.
“Ninguém deve esperar que Israel aceite um Estado palestino que seja liderado pelo Hamas ou outros extremistas; que seja militarizado ou tenha milícia armada independente”, afirmou Blinken.
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