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Israel assume controle do lado palestino da passagem de Rafah

Durante a noite, tanques e aviões israelenses atacaram diversas áreas e casas em Rafah
07/05/2024 | 09h16

Após uma noite de ataques aéreos, militares israelenses assumiram o controle da passagem fronteiriça em Rafah, entre Gaza e o Egito, nesta terça-feira (7).

Na noite da última segunda-feira (6), o Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e o Catar sete meses após o início da guerra que empurrou mais de um milhão de habitantes de Gaza para o sul do enclave.

Israel, no entanto, disse que os termos do acordo foram aceitos unilateralmente pelo Hamas, não atendiam às suas exigências e lançou uma operação militar.

Ataque de Israel

Durante a noite, tanques e aviões israelenses atacaram diversas áreas e casas em Rafah. Vinte palestinos foram mortos e diversos ficaram feridos. Os ataques atingiram pelo menos quatro casas, disseram autoridades de saúde palestinas.

“A ocupação israelita condenou os residentes da Faixa à morte após o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah”, disse Hisham Edwan, porta-voz da Autoridade de Passagem da Fronteira de Gaza. “Também condeno à morte pacientes com câncer devido ao colapso do sistema de saúde”, acrescentou.

Israel ameaça lançar uma grande incursão em Rafah. O lado israelense alega que o local abriga milhares de combatentes do Hamas e potencialmente dezenas de reféns.

Segundo a agência Reuters, uma autoridade fronteiriça de Gaza afirmou que a passagem de Rafah foi fechada devido à presença de tanques israelenses. A passagem é uma importante rota de ajuda ao enclave devastado.

Os Estados Unidos têm pressionado Israel para não lançar uma campanha militar em Rafah até que tenha elaborado um plano humanitário para os palestinos que estão abrigados no local. O estado disse que a grande maioria das pessoas foi evacuada da área de operações militares.

Ordem de retirada

Alguns colocaram crianças e pertences em carroças puxadas por burros, enquanto outros saíram em caminhonetes ou a pé por ruas lamacentas. Foto: Reuters

A ordem de retirada emitida por Israel foi enviada por mensagens de texto em árabe, telefonemas e panfletos. Era recomendado que os civis se mudassem para o que os militares israelenses chamaram de “zona humanitária expandida” a 20 km de distância.

Alguns colocaram crianças e pertences em carroças puxadas por burros, enquanto outros saíram em caminhonetes ou a pé por ruas lamacentas.

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