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Israel ataca alvos no Líbano após bombardeios que mataram quase 500

Ataques acontecem um dia após bombardeios israelenses que deixaram quase 500 mortos
24/09/2024 | 05h00

Israel voltou a bombardear alvos do Hezbollah no Líbano na madrugada desta terça-feira (24). Os ataques acontecem um dia após bombardeios israelenses que deixaram quase 500 mortos e aumentaram os temores de um aumento no conflito que ocorre na região.

Nesta terça-feira, o conflito na região será debatido na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, por conta do temor de um uma guerra ampla no Oriente Médio. Desde o início da guerra em Gaza, o Exército de Israel e o Hezbollah trocam tiros quase diariamente ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.

Os bombardeios da última segunda-feira (22), no entanto, foram os ataques mais letais registrados na região. Israel bombardeou “quase 1.600 alvos terroristas” no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, no leste, redutos do Hezbollah. Ao menos 492 pessoas morreram nos ataques, incluindo 35 crianças e 58 mulheres, e 1.645 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Ataque de Israel

Ao menos 492 pessoas morreram nos ataques, incluindo 35 crianças e 58 mulheres, e 1.645 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. (Foto: Aziz Taher/Reuters)

Na madrugada desta terça, as tropas israelenses voltaram a atacar “dezenas de alvos do Hezbollah em diversas áreas no sul do Líbano”, informou um comunicado militar. Mais de 50 projéteis foram lançados a partir do Líbano contra o norte de Israel.

O Hezbollah anunciou que lançou mísseis Fadi 2 contra Israel durante a noite. O Exército israelense confirmou ter detectado quase 20 disparos.

Milhares de libaneses fugiram das áreas bombardeadas, segundo o Ministério da Saúde, e buscaram refúgio em Beirute ou Sidon, a maior cidade do sul do país. Muitas pessoas passaram a noite em seus veículos, bloqueadas nas rodovias que levam à capital.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recomendou na segunda-feira aos libaneses que “afastem-se das áreas perigosas” durante a “operação”. O chefe de Governo libanês, Najib Mikati, denunciou um “plano de destruição” contra seu país, onde as escolas permanecerão fechadas nesta terça-feira.

O Hezbollah prometeu que continuará atacando Israel “até o fim da agressão em Gaza”.

Israel e Hezbollah

O aumento da tensão entre Israel e o Hezbollah aconteceu após e a onda de explosões de dispositivos de comunicação do movimento islamista na semana passada. Ação, atribuída a Israel, provocou 39 mortes, segundo as autoridades libanesas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que afirmou trabalhar em um “desescalada”, pronunciará nesta terça-feira seu último discurso na Assembleia Geral da ONU. O governo dos EUA se opõe a uma invasão terrestre do Líbano e apresentará “ideias concretas” aos aliados esta semana para tentar apaziguar o conflito, de acordo com a agência AFP.

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em Israel, no qual morreram 1.205 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. Dos 251 sequestrados durante a incursão dos islamistas, 97 permanecem em cativeiro no estreito território palestino, incluindo 33 declarados mortos pelo Exército israelense.

A ofensiva israelense provocou as mortes de pelo menos 41.455 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde deste território governado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

*Com AFP

 

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