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Brasileiro que foi sequestrado no Equador está livre, confirma Itamaraty

Thiago Allan Freitas é natural de São Paulo e está no país há cerca de 3 anos. Ele foi capturado em Guayaquil
10/01/2024 | 20h10

O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que estava em poder de sequestradores em Guayaquil, no Equador, foi liberto pela polícia na noite de ontem. O Itamaraty confirmou com autoridades policiais equatorianas a informação, divulgada primeiro por um irmão de Thiago, Eric Lorran Vieira.

“O Ministério das Relações Exteriores continua a acompanhar o caso e a prestar a assistência ao nacional brasileiro e a seus familiares”, afirmou a pasta.

Segundo Eric, o irmão está bem. “Os policiais fizeram uma ligação de vídeo. A gente com aquela tremedeira, com medo de ser outra pessoa fingindo ser os policiais. Atendemos e estamos com a notícia maravilhosa de que meu irmão está bem, está a salvo, está sendo encaminhado para ficar com a família dele agora. Conseguimos salvar uma vida”, afirmou Eric à Globonews.

Freitas é natural de São Paulo e mora no país há cerca de 3 anos. Segundo familiares, atualmente tem uma churrascaria em Guayaquil e, há cerca de um ano, os três filhos do brasileiro também se mudaram para o Equador.

Nas redes sociais, o filho de Freitas afirmou que, na última terça-feira (9), a família pagou parte do resgate, mas não dispõe de todo o dinheiro exigido pelos sequestradores.

DIA ATÍPICO

Cidades do Equador viveram ontem um dia atípico, com suspensão de aulas, pouco trânsito, ruas vazias e comércio fechado. Entre as medidas adotadas pelo presidente Daniel Noboa, estão a suspensão das aulas e consultas ambulatoriais em hospitais.

Em Quito, centenas de militares foram mobilizados para garantir a segurança nas ruas próximas ao Palácio de Governo, situado no centro da capital. O maior parque da cidade — La Carolina — permaneceu deserto.

O ataque à sede da emissora estatal TC Televisión, ocorrido ontem (9), aumentou o pânico e população se mantém em casa.

Também ontem, o presidente equatoriano anunciou a deportação de estrangeiros presos para reduzir a superlotação carcerária. Segundo Noboa, 90% dos detentos são oriundos de países como Colômbia, Peru e Venezuela.

Em entrevista a uma rádio local, o presidente Daniel Noboa declarou que o país mantém ‘estado de guerra’ contra grupos terroristas.

“Vivemos em um estado de conflito, um estado de guerra. Neste caso, se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, disse Noboa, em entrevista a uma rádio.

TERROR

A onda de violência segue no Equador e deixou, até o momento, 13 mortos e 70 presos, segundo as autoridades locais. Ontem, o presidente Daniel Noboa assinou decreto em que reconhece que o país enfrenta um “conflito armado interno”.

A onda de violência no país se intensificou após a fuga do líder da maior facção do país, José Adolfo Macías Villamar, mais conhecido como Fito, no último domingo (7).

Ontem, motins em prisões, fugas, ataques a delegacias e sequestros se alastraram pelo país. Há relatos de invasões, explosões e sequestros.

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