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Por Ruben Berta
(UOL/Folhapress) – O estado de saúde da jovem Juliana Leite Rangel, baleada na terça (24) pela Polícia Rodoviária Federal, segue gravíssimo, mas com uma pequena evolução. O tiro de fuzil que atingiu a lateral esquerda do crânio da jovem saiu de uma viatura da PRF.
Thiago Resende, diretor do Hospital Adão Pereira Nunes, unidade pública em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, disse que o dreno foi retirado do cérebro da jovem. Segundo ele, a secreção que havia sido causada pelo impacto do tiro no crânio cessou.
Juliana está internada no CTI da unidade, sem previsão de alta. A jovem segue estável, em coma induzido.
Resende disse que o projétil não atingiu diretamente o cérebro, mas foi necessária a realização de uma cirurgia para a retirada dos fragmentos do crânio. O diretor divulgou imagens de uma tomografia que mostra o local exato do impacto.
Os pais de Juliana descartaram a possibilidade de pedir que ela seja transferida e atendida em uma unidade particular neste primeiro momento. O Adão Pereira Nunes é referência em trauma no Estado do Rio.
Tiro partiu de viatura da PRF
Testemunhas que estavam no local fizeram vídeos em que afirmam que o tiro partiu de uma viatura da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Em nota divulgada na quarta-feira (25), a PRF afirmou que os agentes supostamente envolvidos foram afastados preventivamente das atividades operacionais. A PRF não forneceu detalhes sobre como ocorreu a ação.
O órgão disse lamentar profundamente o episódio e afirmou que presta assistência à família de Juliana. O caso vai ser investigado pela Polícia Federal, e a PRF também abriu procedimento interno, em Brasília, para apurar as circunstâncias dos tiros.
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