O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) rejeitou sentença da primeira instância que livrou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da compra de uma mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.
Conforme publicado à época, Flávio pagou R$ 6 milhões pela mansão, sendo que parte do dinheiro foi pago com um empréstimo de R$ 3,1 milhões com o Banco de Brasília (BRB).
Na decisão mais recente, de segunda instância, os desembargadores da 4ª Turma Cível do TJDFT determinaram que a Justiça peça ao filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro os documentos usados por ele para comprovar a renda ao obter o empréstimo.
A decisão do TJDFT retoma as investigações sobre o caso, após recurso da deputada Érika Kokay (PT-DF) contra a decisão em primeira instância. Na ação, Kokay alega que a renda de Flávio e da esposa, Fernanda, de cerca de R$ 36 mil, e não seria suficiente para obter o empréstimo de R$ 3,1 milhões.
Segundo simulador do BRB, as parcelas mensais numa operação deste tipo ficariam em cerca de R$ 18 mil, ou seja, metade da renda do casal. A renda mínima para este tipo de operação, segundo o simulador, seria de R$ 46,8 mil.
A mansão comprada por Flávio Bolsonaro fica em uma área nobre de Brasília, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. A compra foi registrada pelo senador no dia 2 de fevereiro de 2021, pelo preço de R$ 5,97 milhões, em um cartório afastado do centro de Brasília.
A casa tem 1,1 mil metros quadrados de área construída e conta com quatro suítes amplas, academia, piscina e spa com aquecimento solar.
O que diz Flávio Bolsonaro
Em resposta, Flávio disse que sua renda não consistia apenas no salário de R$ 24 mil líquidos como congressista, uma vez que atuava também “como advogado, empresário e empreendedor, por muitos anos”.
A defesa do senador também disse à época que sua esposa se dedicava “ao exercício da odontologia há bastante tempo”. Na ação popular, a deputada pedia a anulação do empréstimo feito pelo BRB ao senador.
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