O Tribunal de Justiça do Paraná manteve, nesta terça-feira (20), uma sentença condenatória contra o deputado estadual Renato Freitas (PT). O crime de que Renato é acusado no processo é de desacato contra guardas municipais, e o caso aconteceu em 2017, três anos antes de o petista se eleger para seu primeiro cargo público, como vereador de Curitiba. A defesa de Renato diz que irá entrar com novos recursos.
Ao contrário do que foi divulgado em alguns sites, não há risco de perda do mandato de Renato, mesmo que o processo tenha sido julgado em segunda instância, uma vez que a Lei da Ficha Limpa, que trata do assunto, não inclui o desacato entre os crimes que impedem a elegibilidade ou a permanência no mandato.
No entanto, caso o processo tenha trânsito em julgado, o artigo 55 da Constituição prevê a perda do mandato — isso, porém, só ocorreria se todos os recursos, inclusive em Brasília, estiverem esgotados.
“[Isso acontece] Por um suposto desacato, ocorrido no Natal de 2017, em que dois guardas municipais agiram com violência e me prenderam por eu questionar a abordagem. Os podres poderes continuam mexendo os pauzinhos, mas não recuarei, eu tenho fé, a perseguição não me amedronta, pelo contrário, me mostra o caminho”, disse Renato Freitas. “Não teve nenhum chamado por racha ou perturbação de sossego. E nenhuma imagem das câmeras da praça foram apresentadas como provas. Foi puro racismo e abuso de autoridade mesmo!”
O caso de desacato aconteceu na Praça do Gaúcho, quando Renato estava com dois amigos no carro de sua mãe. Os três estavam ouvindo música e os guardas municipais abordaram Renato pedindo que ele abaixasse o volume. Em seu relato, os guardas disseram que foram desacatados e que Renato teria chamado os dois de “guardas de bosta”. Renato, por sua vez, diz que os guardas agrediram um de seus amigos com um tapa.
O caso levou à condenação dos três em primeira instância já em 2019, quando Renato ainda não ocupava cargo público. Agora, a defesa do deputado, liderada pelo advogado Edson Abdala, entrou com um recurso julgado pela 4ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça nesta semana.
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