Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou aumento no número de mortes causadas por policiais em 16 estados brasileiros durante o primeiro semestre de 2023. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Mato Grosso do Sul apresentou crescimento de 340% em relação ao mesmo período de 2022. Em seguida, aparece Santa Catarina, com 115%, e Distrito Federal, com 114,3%. Também registraram aumento nas mortes causadas por forças policiais os estados de Roraima (100%), Mato Grosso (78,7%) e Paraíba (54,2%).
O Rio de Janeiro, antes líder no índice, teve uma redução de 12% no número de vítimas causadas por policiais em relação ao primeiro semestre de 2022. Outro estado que demonstrou uma queda significativa foi a Bahia, com uma redução de 8,4%.
Destacam-se também os estados com maiores quedas percentuais: Maranhão (- 48,8%), Paraná (- 40,6%) e Amazonas (- 38,8%).
O levantamento compara o número de mortes por ação policial com os Crimes Violentos Intencionais (CVLI). Goiás lidera em proporção este ano com mais da metade (57,5%) do índice de letalidade policial, sendo seguido por Amapá (53,7%) e Sergipe (45,1%), refletindo um aumento generalizado nos estados.
Apenas seis estados que registraram aumento na letalidade policial responderam ao jornal sobre os motivos e medidas para redução.
Rspostas
Dos 16 estados que registraram aumento na letalidade policial no primeiro semestre, seis responderam Folha sobre os motivos possíveis para a alta e as medidas para redução: Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo e Ceará.
A Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina afirmou, em nota, que suas polícias são doutrinadas para uso moderado e progressivo da força. Já a secretaria do Distrito Federal destacou que registrou a menor taxa de letalidade policial do país em 2022.
Em Mato Grosso, o governo Mauro Mendes (União Brasil) alega que a ação das forças de segurança foi” ostensivas e repressivas” para combater organização criminosa se resistência a essa ação gerou mais confronto.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo disse que investe no treinamento das forças de segurança e atribui causa do número de mortes decorrente de intervenção policial (MDIP) a ação de criminosos que escolhem o confronto.
Já a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo declarou que operações são feirais dentro da lei e os policias respondem à agressão dos criminosos proporcionalmente.
E o governo do Ceará disse, que os policias são orientados a atuar com uso progressivo de forca seguindo portaria de 2010 do Ministério de Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
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