Em discurso de posse, o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, citou a infiltração do crime organizado em órgãos públicos como um dos principais problemas da atualidade brasileira. Ele acrescentou ainda que, para combater as facções criminosas, é preciso inteligência na identificação de líderes e bloquear movimentações financeiras e patrimoniais.
“Tal como ocorre em outras nações, o crime organizado começa a se infiltrar em órgãos públicos, especialmente naqueles ligados à segurança e a multiplicar empresas de fachada para branquear recursos obtidos de forma ilícita”, afirmou Lewandowski.
O novo ministro defendeu também uma aliança com estados e municípios, que detém a responsabilidade primária pela segurança pública, para combater a criminalidade.
“É preciso superar a fragmentação federativa e estabelecer um esforço nacional conjunto para neutralizar as lideranças das organizações criminosas e confiscar os seus ativos, porque elas não podem sobreviver sem recursos para custear os seus soldados e as suas operações”, observou o ministro.
No discurso, Lewandowski destacou ainda a importância das políticas públicas sociais para o combate à violência e à criminalidade. Lewandowski argumentou também que “é obrigação” do Ministério “dar total atenção à segurança pública, que, ao lado da saúde, é hoje uma das maiores preocupações da cidadania”.
“Por isso, é escusado dizer que o combate à criminalidade e à violência, para ter êxito, precisa ir além de uma permanente enérgica repressão policial, demandando a execução de políticas públicas que permitam superar esse verdadeiro apartheid social que continua segregando boa parte da população brasileira”, acrescentou.
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