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Algumas horas depois de Nicolás Maduro ser proclamado vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, o opositor Edmundo González voltou a afirmar que foi o vencedor da disputa. Ele e María Corina Machado convocaram atos por toda o país para esta terça-feira (30).

Mesmo antes da convocação, cidadãos saíram pelas ruas de Caracas, capital do país, nesta segunda para protestar contra o resultado das eleições.

“Convocamos a todos os venezuelanos que votaram por uma mudança a se manifestarem amanhã (hoje) às 11h”, afirmou María Corina. Ela também se pronunciou sobre os atos populares ocorridos hoje. “São expressões espontâneas em zonas populares, expressões legítimas contra um regime ilegítimo”, disse ela sobre os atos que se iniciaram nos “barrios”, como os venezuelanos se referem às favelas locais.

A dupla afirmou ainda que “eles têm como provar a verdade”. “Queremos anunciar a todos os venezuelanos e todos os democratas do mundo: já temos como provar a verdade. A diferença foi enorme, em todos os estados da Venezuela.”

Entretanto, eles ainda não divulgaram as atas das urnas eletrônicas que dizem possuir. Pelo sistema venezuelano, as testemunhas de mesa de votação devem receber essas informações ao final da votação. Mas a oposição afirma que ao menos metade das atas não foram liberadas. María Corina disse que as atas estariam disponibilizadas em breve, online.

“Vamos respeitar a vontade expressada pelo voto. Temos em mãos as atas que demonstram nosso triunfo categórico e matematicamente irreversível. Nossa vitória é histórica.”

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Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro teve apoio de 51,2% dos eleitores que compareceram às urnas — foram 5.150.092 votos —, segundo o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal opositor na disputa, Edmundo González, teve 44,2% — 4.445.978 votos.

Assessor para Assuntos Internacional da Presidência da República, Celso Amorim está desde a última sexta-feira (26) para acompanhar o processo eleitoral.

 

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