O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, que “dificilmente” o governo cumprirá a meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Lula também descartou qualquer intervenção federal, via decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no Rio de Janeiro.
De acordo com Lula, apesar do déficit, não haverá corte nos investimentos em obras. “Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, o país não precisa disso”, disse.
“Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para o país. Eu acho que, muitas vezes, o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida. Se tiver déficit de 0,5%, de 0,25%, o que é? Nada”, acrescentou Lula.
O presidente afirmou que está otimista com a situação econômica e espera um crescimento do PIB em 3% ou mais em 2023. Para 2024, segundo ele, apesar de ser um “ano difícil” para economia mundial, o governo está trabalhando para que os problemas não se proliferem internamente.
GLO
Durante o café da manhã com jornalistas, Lula descartou o uso das Forças Armadas em uma intervenção no Rio de Janeiro. Segundo o presidente, elas ajudarão no enfrentamento da violência, mas sem entrar em comunidades.
“Enquanto eu for presidente, não haverá GLO”, afirmou Lula. Pela Constituição, a decretação da Garantia da Lei e da Ordem só pode ser determinada em ato do presidente da República, quando instrumentos para garantir a ordem são considerados “indisponíveis”, “inexistentes” ou “insuficientes”.
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