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Por Ana Gabriela Oliveira Lima
(Folhapress) — O presidente Lula (PT) defendeu no domingo (15) que o general Braga Netto, preso neste sábado (14), tenha direito à presunção de inocência.
“O que eu não tive, quero que eles tenham”, disse. O petista afirmou que tem paciência e defende devido processo legal a Braga Netto e indiciados na trama golpista.
O presidente recebeu alta hospitalar neste domingo (15). Ele havia sido internado para realizar cirurgia de emergência na terça-feira (10) em razão de um hematoma de três centímetros detectado entre o cérebro e uma das membranas (meninges) que envolvem o órgão.
Em coletiva no Hospital Sírio-Libanês, Lula também afirmou que não é possível aceitar desrespeito à democracia e chamou de “praga de gafanhotos” aqueles que tentaram destruir o Brasil. Ele disse que sua maior vontade era trazer o Brasil de volta à normalidade democrática e que isso ainda vai ocorrer. “Cada macaco no seu galho, tudo ficará resolvido nesse Brasil”, disse.

Lula com a equipe médica após entrevista sobre cirurgia realizada no hospital Sírio-Libanês (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
Lula se emocionou ao falar da cirurgia
O presidente Lula (PT) chorou ao falar de sua internação para fazer uma cirurgia de emergência após sangramento intracraniano. “Nunca penso que vou morrer, mas tenho medo”, afirmou o presidente, que também agradeceu a Deus e disse ter ficado assustado com a urgência da cirurgia após a constatação de sangramento.
O presidente disse que estava cortando a unha da mãos, e não a do pé, quando caiu e se machucou. Na época, Lula estava no Palácio da Alvorada quando caiu de um banco no banheiro ao cortar as unhas, segundo seu relato, e teve que receber pontos na nuca.
Lula apareceu na entrevista coletiva da equipe médica com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e agradeceu a Deus e aos médicos. Segundo os médicos, o sintoma teve relação com a queda sofrida pelo mandatário em outubro.
Ele deverá ficar em São Paulo até quinta-feira, quando fará uma tomografia. A partir disso, poderá ir para Brasília. Segundo o cardiologista Roberto Kalil, médico do petista, Lula terá algumas restrições nos próximos 30 dias, como de atividade física e viagens internacionais.
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