O presidente Lula participa hoje da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Antes do evento, o presidente brasileiro com o emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani, em Doha, para tratar de investimentos, comércio exterior, da organização do G20 e da geopolítica do Oriente Médio.
“Nós estamos com um vasto programa, muito grande, de energia verde e renovável. Nós estamos com um vasto programa de recuperação de terras degradadas. Acho que a discussão que vai se dar na COP ainda pode não ser decisiva, mas acho que vamos ter que mudar o jogo para que as pessoas aprendam que o planeta não está brincando. O planeta está avisando: cuidem de mim porque senão são vocês que vão perder”, afirmou o presidente em conversa com jornalistas brasileiros antes da decolagem em Doha.
O pedido de urgência de Lula, aparentemente, teve resultado na COP-28. No primeiro dia do evento, nesta quinta-feira (30), foi aprovado um fundo climático para financiar perdas e danos de países vulneráveis. “Esta é a primeira vez que uma decisão foi adotada no primeiro dia de qualquer COP. E a velocidade com que o fizemos também é histórica”, afirmou o presidente da COP28, Sultan Al Jaber.
Nesta sexta-feira (01), o presidente Lula também terá uma série de encontro bilaterais com líderes de diversos países: o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak; o presidente de Israel, Isaac Herzog; o secretário-geral da ONU, António Guterres; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez; e o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali. Lula deve discursar numa sessão de chefes de Estado e de governo.
A autorização para a saída de mais brasileiros da Faixa de Gaza e as negociações para libertação de um cidadão com dupla nacionalidade brasileira e israelense que está entre os reféns em poder do grupo Hamas devem estar entre os assuntos do encontro de Lula com o presidente de Israel.
Com o líder da Guiana, é possível que o presidente brasileiro aborde a disputa fronteiriça com a Venezuela pelo território do Essequibo. O governo brasileiro tem defendido que o tema seja solucionado por meio de diálogo.
Presidência do G20
O Brasil assume, também nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a Presidência temporária do G20, o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O mandato tem duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro de 2024. Será a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.
Ao longo do mandato, o Brasil deve organizar mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtual quanto presencialmente, e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024.
Com informações do Brasil de Fato.
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