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O presidente Lula convocou para a tarde de hoje uma reunião com o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, para tratar das acusações contra ele por assédio sexual. A notícia foi dada em primeira mão pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, e confirmada pela ONG Me Too Brasil. Uma das vítimas seria a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Almeida nega as acusações. O presidente da República também vai se reunir com Anielle antes de decidir o que fazer. A ministra não fez qualquer comentário sobre o caso, que será investigado pela Polícia Federal.

O ministro foi chamado na noite desta quinta-feira (5) para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias.

O Palácio do Planalto reconheceu “a gravidade das denúncias” e em nota informou que o caso “está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”.

Foto de Janja com Anielle Franco foi publicada no Instagram da primeira-dama

O Ministério das Mulheres divulgou nota nesta sexta-feira (6) em que afirma que “a prática de qualquer tipo de violência e assédio contra a mulher é inadmissível e não condiz com os princípios da Administração Pública Federal e da democracia”. Diz o texto que “é preciso que toda denúncia seja investigada de forma célere, com rigor e perspectiva de gênero, dando o devido crédito à palavra das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar”.

“As denúncias de assédio envolvendo o ministro Silvio Almeida que vieram à tona nesta semana são graves e serão apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República, conforme informou o Palácio do Planalto”, prossegue.

Nota do Me Too Brasil

Nesta quinta-feira (5), a organização Me Too Brasil, que oferece acolhimento a vítimas de violência sexual, divulgou nota confirmando que recebeu denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida.

O texto argumenta que “como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias”. Por isso, deram autorização para confirmar o caso à imprensa.

“Vítimas de violência sexual, especialmente quando os agressores são figuras poderosas ou influentes, frequentemente enfrentam obstáculos para obter apoio e ter suas vozes ouvidas”, prossegue o texto.

Silvio Almeida se defendeu em nota e vídeo

O ministro, por sua vez, divulgou uma nota e um vídeo em que nega as acusações e se defende.

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, diz ele no texto, em que afirma que toda denúncia deve ter materialidade. Almeida classifica as acusações de assédio como “ilações absurdas” com o único intuito de o prejudicar.

O ministro se diz triste por viver “tudo isso” e afirma que “toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei” e “não apenas baseados em mentiras, sem provas”.

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