O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje um pacote de medidas para combater a atuação do crime organizado nos estados brasileiros. A principal ação é a decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo até maio 2024. Serão empregados 3,7 mil agentes das Forças Armadas e das polícias Federal e Rodoviária Federal.
Segundo Lula, o decreto estabelece a criação de uma operação integrada especificamente para os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro, e de Santos, em São Paulo, além dos aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP).
“A violência que nós temos assistido tem se agravado a cada dia que passa e nós resolvemos tomar uma decisão fazendo com que o governo federal participe ativamente para que a gente possa ajudar os estados e o Brasil a se livrarem do crime organizado, da quadrilha, do tráfico de drogas e armas, disse Lula.
O presidente também anunciou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o governo do Estado do Rio de Janeiro vão implantar o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra). “Objetivo é enfraquecer o poder financeiro das quadrilhas”, acrescentou Lula.
Lula anunciou ainda que militares da Marinha, junto com a Polícia Federal, vão ampliar a atuação no Lago de Itaipu, no Paraná. As fronteiras do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e também do Paraná serão reforçadas com militares do Exército e agentes da PF.
O anúncio da assinatura da GLO no Palácio do Planalto reuniu os ministros José Mucio (Defesa), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Rui Costa (Casa Civil). Também participaram os ministros da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Relacionados
Aprovação de Lula desaba para 24% e é a pior de todos os seus mandatos
Queda de 11 pontos em 2 meses é inédita; reprovação à gestão vai de 34% para 41%, aponta pesquisa
Lula diz ter certeza que Marina não será contra explorar petróleo na Foz do Amazonas
Ministra diz que só a análise técnica do Ibama pode determinar se plano é sustentável
Margem Equatorial: Lula diz que Ibama faz ‘lenga-lenga’ e parece atuar contra o governo
Presidente defendeu exploração na bacia da foz do Rio Amazonas desde que haja pesquisa; Servidores criticam declarações