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Lula escolhe segunda mulher negra para ser ministra do Tribunal Superior Eleitoral

A advogada Vera Lúcia Santana Araújo assumirá vaga de substituta na classe de juristas do tribunal
23/12/2023 | 05h00

Por Brasil de Fato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou ontem a indicação da advogada Vera Lúcia Santana Araújo como ministra Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na classe de juristas. Ela será a segunda ministra negra na Corte — a primeira é a também advogada Edilene Lôbo, escolhida em junho.

Lula escolheu Araújo em uma lista com outras três mulheres, que foram indicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro deste ano. Além da eleita, a relação tinha os nomes de Marilda Silveira e de Daniela Lima de Andrade Borges.

A nova ministra chega ao tribunal para ocupar a vaga deixada por Maria Claudia Bucchianeri, que deixou a corte em agosto. Araújo, que assume como substituta, trabalhará com os titulares do TSE, que são Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Raul Araújo, Isabel Gallotti, André Ramos Tavares e Floriano Azevedo.

Vera Lúcia Santana Araújo, natural de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, tem 40 anos de advocacia e era um dos nomes indicados pela Coalizão Negra por Direitos para ocupar a vaga de ministra do STF. No final, Lula optou pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Araújo tem experiência com movimentos populares, trabalhou nas esferas privada e pública do direito, ocupando, inclusive cargos jurídicos no âmbito da administração pública federal e do Distrito Federal.

Também atuou como conselheira da Comissão de Anistia Política do Ministério da Justiça, conselheira do Conselho Penitenciário do Distrito Federal, integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e, neste momento, compõe o Conselho Econômico e Social da Presidência da República.

A advogada também exerceu funções de gestão pública como diretora da Fundação Cultural Palmares, presidenta da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal e secretária-adjunta de Políticas para a Igualdade Racial do Distrito Federal.

Como ativista comprometida com o movimento negro, desempenhou um papel significativo no Movimento Negro Unificado (MNU). Atualmente, é membra da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal, da qual também foi uma das fundadoras.

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